Criar o próprio negócio ou ser empregado? Esse é um dilema principalmente de universitários, mas inicia quando o jovem estudante começa a pensar no futuro. É para ensinar estudantes sobre os desafios de ter um negócio próprio que a organização internacional Junior Achievement passou a atuar em Santa Catarina e comemora nesta segunda-feira, 16 de maio, 25 anos de trabalho no Estado.
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Nesse período, impactou 693.899 jovens que receberam consultoria voluntária de 17.941 executivos empresariais, junto a 500 escolas, contanto com mais de 250 empresas parcerias, informa o diretor executivo da organização no Estado, Evando Badin.
– Nós precisamos impactar pelo menos 10% da comunidade que estuda dentro do universo nosso. Estamos falando de 700 mil jovens em Santa Catarina. A Junior Achievement precisa ser uma organização que impacta de 100 a 150 mil jovens por ano no Estado. No nosso melhor ano, em 2019, chegamos a 62 mil jovens. A meta deste ano (2022) é chegar a 30 mil, mas devemos ultrapassar isso – afirma Evando Badin.
Segundo ele, uma das ambições da ONG, entra no currículo das escolas como matéria eletiva e contribuir mais com a educação em todo o Estado. A reforma do ensino que está sendo implantada no Brasil permite isso.
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A Junior conta com 17 programas educacionais em Santa Catarina, que são ministrados em instituições de ensino para estudantes com idade entre 8 e 25 anos. Além disso, empresas mantenedoras e parceiras, que são 46 no Estado, contam com executivos voluntários que fazem palestras para estudantes, para explicar como é o dia a dia dos negócios.
Entre os programas estão: Aprender, para quê?, Meu dinheiro, meu negócio, O futuro do trabalho, Innovation Camp e Já Startup. Segundo Evandro Badin, uma das ações comemorativas ao aniversário de 25 anos da Junior foi realizada neste sábado, na Unochapecó, quando quase 400 estudantes de Administração, Ciências Econômicas, Ciências Contábeis e Relações Internacionais participaram de um desafio da Junior.

Dentro do programa Innovation Camp, foram convidados a promover projeto que estimule renda extra para alunos e comunidade. Foram capacitados 20 professores que usaram design thinking para auxiliar 59 grupos de trabalho no dia. Até o dia 22 deste mês, os grupos terão que entregar seus pitches com as ideias. As 10 melhores serão apresentadas na universidade dia 6 de junho.
Entre os estudantes que participaram de programas da Junior Achievement e abriram negócios depois estão Vanessa Tobias, de Florianópolis, que tem empresa que atua na área de recursos humanos e também é coach. A trajetória empreendedora dela está contada no livro de 100 anos da Junior Achievement mundial.
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Outro exemplo é o dos irmãos gêmeos Gabriel e Rafael Bottós. Eles participaram do programa como estudantes em Blumenau, quando criaram uma fábrica de velas. Mais tarde, engenharia na UFSC e abriram a Welle Laser, indústria de máquinas para corte a laser e foram premiados pela Endeavor. Seguem sócios da empresa baseada em Palhoça, mas agora também passaram a investir em startups de biotecnologia por meio da Vesper Venture.
Quem articulou a vinda da Junior Achievent para SC há 25 anos foi um grupo de empresários atentos ao impacto positivo dela na economia em outros países e estados brasileiros. Foi liderado por Pedro Sirotsky e contou com Ricardo Bornhausen, César Gomes Júnior, Vinícius Lummertz e José Carlos Portella. Contaram com apoio da Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis (Aemflo) presidida por Tito Schmidt, para ceder o espaço.
Esses empresários passaram a apresentar o modelo para outros e convidar mais empresas do Estado a participar. Na época executivo do Sebrae-SC, Evandro Badin assumiu a gestão do projeto, se apaixonou pelos impactos positivos que proporciona, e segue até hoje à frente do mesmo.