Em mais um passo para finalizar as nomeações do governo, Jorginho Mello (PL) confirmou neste domingo que o ex-presidente do Sindicato das Indústrias Cerâmicas de Criciúma (Sindiceram), Otmar Müller, será o presidente da SCGás, concessionária de distribuição de gás natural em Santa Catarina. É um nome técnico com profundo conhecimento do setor, em especial dos desafios dos consumidores de gás natural.
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O governador falou sobre o assunto durante um almoço empresarial neste domingo na região de Criciúma, no qual Müller também participou. A posse vai demorar um pouco porque é necessário aprovar o nome em dois conselhos, o da Celesc, que é controladora da SCGás, e o da própria SCGás. Ele também vai se afastar da presidência da Câmara de Energia da Fiesc.
Otmar Müller é engenheiro químico graduado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com pós-graduação em engenharia de produção na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e MBA em logística empresarial pela FGV.
Ele conhece bem o setor porque trata do assunto “gás natural” desde que o insumo chegou para as indústrias cerâmicas do Sul do Estado, em maio de 2000, com a ativação do ramal do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). O setor é o maior consumidor de gás natural do Estado – cerca de 50% do total – e, com frequência, cobra medidas para redução de preços.
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– Desde que saí da universidade sempre trabalhei no setor de revestimentos cerâmicos, no qual a energia térmica e a energia elétrica sempre representaram a parcela maior do custo de fabricação. Em função disso, eu sempre trabalhei em termos de eficiência energética e de dominar bem esse tema. Especialmente, com o advento do gás natural, acabei mergulhado nesse assunto pela criticidade que tem para essa indústria, tanto pelo suprimento, quanto pelo custo de produção – falou o executivo para a coluna, após a reunião.
Na nova função, um dos maiores desafios que terá será a pressão por menores custos do gás natural. Segundo ele, existe o desafio do monopólio da Petrobras, tanto no fornecimento do insumo, a molécula de gás natural, quanto no transporte pelo gasoduto.
– Nesse ponto, existe nova lei que permite a liberalização desse mercado. Porém, isso ainda não aconteceu pela demora da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) – afirma Müller.
No Estado, o órgão regulador é a Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc). O preço do gás natural é definido a partir de uma conta gráfica de custos nacionais e internacionais a cada seis meses.
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Na próxima quarta-feira (19) a Câmara de Energia da Fiesc terá reunião, onde a SCGás e preços do setor estarão em pauta. Quem deve participar na reunião é o atual presidente da SCGás, Willian Anderson Lehmkuhl.
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