O novo ritmo das atividades do tênis no Brasil adotado pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT), com mais torneios pelo país e atração de mais patrocínios, fortalece marcas e motiva atletas. As marcas ganham pela projeção junto aos públicos e os jogadores sobem nas pontuações internacionais e recebem em dólar.

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No último final de semana, Florianópolis sediou o Engie Open, disputa internacional nas quadras do Lagoa Iate Clube. A companhia dividiu visibilidade com o banco BRB, mas reforçou a sua marca diante de diversos públicos.  O presidente da Engie, Eduardo Sattamini, destaca as razões desse investimento.

– Decidimos projetar nossa marca porque o mercado de energia está se abrindo. E a gente entendeu que o tênis é uma boa plataforma para alcançar o nosso público-alvo, que são empresários e executivos. E é um esporte que hoje é bem administrado, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) têm uma conduta muito ética, de bons princípios, que se alinham com os princípios da nossa companhia. Então, a gente fez uma casadinha bem interessante – destaca Sattamini.

Ele também ressaltou o fato de a empresa, ao investir no tênis, dar oportunidade a atletas brasileiros. Isso porque eles ganham pontos para o os rankings da ATP e da WTA aqui no Brasil, onde eles têm despesas em reais, ganham em dólar.

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De acordo com o presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Rafael Westrupp, o banco BRB, que é o patrocinador master da entidade, além da projeção normal que alcança, tem feito mais negócios porque o esporte amplia a rede de relacionamentos. O tênis permite conexões com diversos grupos.

– Temos, no Brasil, um universo de 10 milhões de pessoas, ou seja, praticamente 5% da população que de alguma forma consome tênis, ou joga, ou gosta do esporte e acompanha na mídia. É um número de pessoas bem importante – destaca Westrupp.

Neste ano, a CBT está fazendo 30 torneiros no Brasil, com participação equivalente de atletas masculinos e femininos. A premiação também é equivalente. A confederação está com nove anunciantes e, em cada evento, entram patrocinadores locais, movimentando cerca de R$ 12 milhões.

O ex-jogador de tênis Fernando Meligeni, que acompanhou o Engie Open em Florianópolis no final de semana, destacou que o tênis é um esporte bastante desafiador para os atletas que o praticam. Principalmente porque requer uma gestão de carreira peculiar, repleta de viagens, investimentos elevados.

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Por isso, a ampliação no número de torneios no Brasil são excelentes oportunidades aos atletas locais avançar na pontuação mundial do esporte, ganhando em dólar e tendo despesas no país em reais.

– É caro ser tenista. Por isso o tenista brasileiro vai por tantas semanas embora para Europa. Porque só a passagem é um valor muito alto. Joga cinco ou seis semanas. Ganha 500 euros numa, na outra ganha 2.000, na outra perde 300 e assim vai – observa o Fininho.

Ele avalia que a gestão da Confederação Brasileira de Tênis nos últimos anos, com mais valorização de atletas masculinos e femininos e atração de mais patrocínio, está gerando um novo ciclo de fortalecimento desse esporte no Brasil.