O setor de proteína animal no mundo segue com grandes desafios sanitários em função da incidência de gripe aviária, peste suína e outras doenças em alguns países. Mas Santa Catarina continua como referência internacional em sanidade. Isso resulta dos investimentos do agronegócio em prevenção, sendo um dos destaques o Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), parceria público-privada que está completando 20 anos.  

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Esse cenário, que também conta com a qualidade sanitária do Brasil, é colocado em evidência pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), José Antônio Ribas Júnior considerando o atual momento e resultados do último ano.

Segundo ele, o ano de 2024 foi mais um período positivo ao estado. Santa Catarina respondeu por 50% das exportações de carne suína e por 30% de carnes de aves do Brasil.

Em volume, foram 1,97 milhão de toneladas de proteínas de suínos, aves (frango, peru, marreco e pato) e bovinos, 6,6% mais do que em 2023. Em faturamento, foram US$ 4,15 bilhões, 3,2% mais do que no ano anterior.

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Icasa, uma PPP que deu certo

De acordo com o empresário, esse diferencial catarinense e também brasileiro depende do trabalho em parceria dos setores público e privado. E o estado conta com um exemplo de PPP que deu certo. O Icasa, Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária, fundado em parceria com o governo do Estado em 2006 e mantido pelas agroindústrias. Neste ano, ele chega a 20 anos de atividades.  

– O Icasa é um patrimônio nosso, um caso de absoluto sucesso de uma PPP que está consolidado e prestando serviços relevantes a sociedade. Sempre seguindo orientações dos órgãos oficiais, entre os quais a Cidasc (empresa estadual responsável pela sanidade agropecuária) – destaca o presidente do sindicato.

Principal objetivo do Icasa, quando fundado, foi estabelecer uma maior vigilância sanitária no Estado para que continuasse livre de aftosa sem vacinação. Isso foi alcançado. O foco era abrir portas nos maiores mercados de carne suína do mundo. E SC conseguiu abrir os Estados Unidos, Canadá, Japão e Coreia do Sul, além de muitos outros depois.

Custeado pelo setor privado, mas trabalhando em parceria com o governo do estado de Santa Catarina, o Icasa atua em atividades preventivas de saúde animal. O objetivo é valorizar a produção animal, preservar a saúde pública e o meio ambiente.

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Atualmente, marca presença em 246 municípios catarinenses com auxiliares administrativos para apoiar produtores e também com médicos veterinários que prestam serviços a produtores na área de sanidade.

De acordo com José Antônio Ribas Júnior, com o trabalho do Icasa e os demais, tanto do setor público, quanto do setor privado, a expectativa para o setor de proteína animal de SC é de que 2025 seja mais um ano próspero, com sanidade e vendas positivas no Brasil e no exterior.

– Existem atributos obrigatórios e diferenciadores e Santa Catarina atende a ambos. Temos custos competitivos, qualidade comprovada e segurança sanitária, condições que abrem portas. O futuro amplia exigências, por isso nossa jornada segue com muita responsabilidade, uso intensivo do conhecimento e ciência, inserindo cada vez mais elementos definitivos de sustentabilidade – destaca o presidente do Sindicarne.

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