Em mais um grande negócio entre empresas de Santa Catarina, a Intelbras, de São José, que atua no desenvolvimento de tecnologias para uso empresarial e doméstico, anunciou nesta quarta-feira a aquisição de 100% do capital da Renovigi Energia Solar, de Chapecó, líder na fabricação de sistemas de geração fotovoltaica no Brasil. O valor do negócio é de R$ 334,3 milhões e a conclusão ainda depende da aprovação de órgãos reguladores.
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Com 45 anos de atuação e listada na bolsa B3, a Intelbras, especializada em tecnologias para comunicação e segurança, entrou nesse segmento em 2019 por sugestão de clientes. A Renovigi, fundada por grupo de empresários há 10 anos com o objetivo de entrar no segmento de energia limpa, alcançou a liderança nacional com a instalação de mais de 1,5 milhão de painéis solares.
Segundo a Intelbras, se o negócio for aprovado, as duas companhias vão continuar com atuação e políticas comerciais independentes, aproveitando sinergias. A Intelbras vai seguir atuando na instalação de usinas solares. O CEO da companhia, Altair Silvestri, diz que a missão da empresa é tornar essa tecnologia mais acessível em todo o país, reforçando o compromisso ambiental, social e econômico junto ao mercado.
– A Intelbras traz mais força e robustez ao mercado de energia solar com a união das duas empresas. A aquisição trará aos diversos canais de vendas e parceiros uma grande oportunidade de realização de negócios, ampliando ainda mais a disponibilidade de produtos ao mercado local, fazendo com que toda a cadeia seja beneficiada, o que inclui o consumidor final, pequenas, médias e grandes empresas – destaca Altair Silvestri.
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O CEO da Renovigi, Gustavo Müller Martins, afirma que a empresa tem como missão tornar o mundo mais sustentável tendo o sol como inspiração. Foi fundada a partir de sonhos e projetos de empreendedores com foco em energia sustentável.
– O processo de consolidação no mercado nacional de energia solar está ocorrendo a passos largos e a união com a Intelbras vai nessa direção. A soma de sinergias operacionais e o acesso a recursos são pontos fundamentais para o aumento da nossa competitividade e a ampliação de participação no mercado brasileiro. Nossa rede nacional, com mais de 4.000 empresas credenciadas, será beneficiada com a união de esforços das duas companhias. Duas grandes marcas nacionais agora unidas para criar mais oportunidades, inovações, tecnologias e segurança para o mercado de energia solar no Brasil – diz Gustavo Martins.
Impulsionada pelo alto preço da energia no Brasil e pela pressão ambiental, a geração solar distribuída cresce de forma acelerada no Brasil. No ano passado, atingiu 9 gigawatts (GW) de capacidade instalada e deve ter o seu melhor ano em 2022, estima a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Abesolar).
Segundo a entidade, o país conta hoje com mais de 828 sistemas de energia conectados e os investimentos somaram mais de R$ 48 bilhões desde 2012, com a geração de 270 mil empregos.
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Para a Abesolar, o novo marco legal de microgeração e minigeração distribuída (Lei nº 14.300/2021) também vai ajudar a impulsionar o setor.