O Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados, sediado em Florianópolis, participa com a Petrobras e o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis, do Rio Grande do Norte, do projeto Boia Bravo. Juntos fazem pesquisa inédita para saber quais são as melhores regiões em alto mar no litoral brasileiro para instalar usinas eólicas, a geração offshore. A pesquisa entra em nova etapa com investimento de R$ 60 milhões.
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Segundo as instituições envolvidas no projeto, a Bravo é um modelo flutuante de Lidar (Light Detection and Ranging), desenvolvido pela primeira vez com tecnologia nacional. Conta com um sensor óptico que utiliza feixes de laser para medir a velocidade e direção do vento, gerando dados compatíveis ao ambiente de operação das turbinas eólicas.
A boia também é capaz de captar variáveis meteorológicas, como pressão atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa, além de variáveis oceanográficas, como ondas e correntes marítimas. Todos esses dados são essenciais para determinar o potencial de uma área para a produção de energia eólica.
A boia tem sete toneladas, quatro metros de diâmetro, quatro metros de altura e um sistema de energia alimentado por módulos de energia solar fotovoltaica.
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O projeto é importante para a diversificação de geração de energia limpa no Brasil, apesar de o país ter uma das matrizes energéticas mais limpas o mundo. É mais um reconhecimento de que pesquisadores tem condições de desenvolver tecnologia avançada.
– A boia oferece uma excepcional contribuição para a geração de energia eólica offshore. O Brasil já tem uma notável capacidade de geração hidrelétrica, um enorme potencial para captação de energia solar e ainda pode captar a energia eólica no oceano – afirmou o diretor regional do Senai/SC, Fabrízio Pereira.
A primeira etapa desse projeto já foi realizada com o uso de uma boia flutuante no mar de Areia Branca, no litoral do Rio Grande do Norte. Agora, serão instaladas mais cinco até 2025. A Petrobras se apresenta como a empresa brasileira com maior potencial em projetos de geração eólica offshore.
– É mais um passo importante na nossa trajetória de transição energética. Essa fase do projeto é necessária para validação da tecnologia e resultará na maior campanha de mapeamento eólico offshore no Brasil, fundamental para a avaliação da viabilidade técnica de futuras instalações de energia eólica offshore – destacou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.
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