Inflação fica negativa pelo terceiro mês consecutivo em setembro, apura Udesc Esag

Puxada pela queda de preços da gasolina e de alimentos, a inflação ficou negativa pelo terceiro mês consecutivo em setembro em Santa Catarina, segundo o Índice de Custo de Vida da Udesc Esag. A variação chegou a -0,19% após a deflação de -0,60% em agosto e de -0,22% em julho.

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Assim, no acumulado do ano o índice ficou em 3,39% e, nos últimos 12 meses, em 6,66%. Os preços são pesquisados em Florianópolis, mas como as redes supermercadistas são estaduais, o ICV da Udesc pode ser considerada a inflação do Estado.

O grupo de transportes, que responde por 20,43% do índice, recuou -1,6%. O transporte público recuou -1,95%, custo de veículo próprio teve queda de -0,88% e de combustíveis para veículos -7,92%. A gasolina teve queda de -10,03%, o diesel -4,94% e o etanol, -2,09%. 

O grupo de alimentos e bebidas, que representa 21,69% do total da inflação, teve variação de -0,42%. As maiores quedas foram no leite e derivados (-7,3%), com recuos maiores nos preços do leite longa vida (-11,1%) e leite condensado (-9,5%).

Nesse grupo, tiveram variações negativas também os preços de óleos e gorduras (-2,6%), hortaliças (-2,2%), carnes (-0,95%), pescados (-0,36%), farinhas (-0,31%), carnes de aves e ovos (-0,26%). Os preços de produtos de feiras e supermercados recuaram -0,9%. As frutas que ficaram mais baratas foram morango (-10,69%), melancia (-7,30%), laranja paulista (-4,54%) e abacaxi (-2,81%). A alimentação fora de casa subiu 0,30%.

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Entre os grupos de produtos pesquisados pela Udesc Esag que também recuaram em setembro estão os de artigos de residência (-0,46%) e serviços de comunicação (-1%). O grupo de habitação subiu 0,60%, de vestuário (0,20%), saúde e cuidados pessoais (0,75%) e despesas pessoais (1,36%). Os custos do grupo de educação ficaram estáveis em 0,08%.

A Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências de Administração e Socioeconomia (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag) apura a inflação de Florianópolis há 53 anos. São acompanhados 297 preços, com metodologia semelhante a do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil.