As altas no custo de vida continuam surpreendendo em Florianópolis e resultando em inflação acima do esperado. No mês de outubro, a inflação subiu 0,62%, a maior desde março deste ano, quando a variação positiva chegou a 0,65%, segundo o ICV/Udesc Esag, apurado pela Universidade do Estado de Santa Catarina. As maiores pressões em outubro vieram dos combustíveis, energia e alimentos.
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Os combustíveis subiram 7%, a energia residencial teve alta de 5% e os alimentos fora de casa ficaram 1% mais caros. Com essas variações, a inflação de Florianópolis subiu 5,51% nos últimos 12 meses e o acumulado de deste ano é de 4,82%, ambos bem acima da meta da inflação que é 3% para 2024.
O cálculo da Udesc Esag segue o modelo da apuração da inflação do país feita pelo IBGE. A universidade pesquisa nove grupos de produtos e serviços. Desses, a maior alta foi de transportes, de 1,74%. O impacto maior foi da gasolina, que subiu na cidade 9,7% em função de reajuste aprovado em julho pela Petrobras, mas só transferido para os preços agora. As passagens aéreas tiveram redução de preço de -4,9%.
Outro grupo de custos que pesou foi o de habitação, com alta de 1,12%. O impacto maior veio da energia elétrica porque a bandeira tarifária foi alterada de vermelho 1 para vermelho 2, o que resultou em alta de 5,15%. Essa mudança foi da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) porque avaliou que o Brasil tem baixa previsão de chuvas e os reservatórios das hidrelétricas estão baixos. Além disso, o gás de cozinha subiu 3,2%.
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Outro grupo que teve mais inflação foi o de alimentos, com alta de 0,75%. Os produtos comprados para consumir em casa subiram, em média, 0,60% e a alimentação fora do lar teve alta de 1%.
Entre os aumentos mais significativos está o da carne bovina, 2,8% no mês. Isso em função da menor oferta de animais para abate e aumento das exportações. Também ficaram mais caros Leite e derivados, com alta de 1,8%, pães e outros itens de trigo subiram 1,1%. Caíram, em média, 4% os preços de raízes e legumes, e em 2,9%, os de frutas.
Dos demais grupos de preços pesquisados pela Udesc Esag, os serviços de saúde subiram 1%, artigos de residência caíram -0,1%, vestuário recuou -0,4%, despesas pessoais -1,1% e educação, -0,9%. Serviços de comunicação não tiveram variação.
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