Florianópolis fechou o mês de agosto com a menor variação inflacionária do ano, 0,32%, apurou o índice da Udesc Esag. A maior pressão veio dos reajustes de energia elétrica e passagens aéreas. Apesar da menor variação, o índice, que pode ser considerado a inflação de Santa Catarina, acumulou de janeiro a agosto alta de 3,76% e, nos últimos 12 meses, subiu 5,08%.
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Essas altas em SC superaram as registradas no Brasil, conforme apurou o IBGE no IPCA-15, que é a prévia da inflação oficial do país, o IPCA. Em agosto, o IPCA-15 subiu 0,19%, acumulou alta de 3,02% no ano e, no últimos 12 meses, subiu 4,35%. Esses aumentos do país e de SC já superaram a meta da inflação oficial, que é de 3% para 2024.
Em Florianópolis, o grupo de transporte subiu 0,59% em agosto devido às passagens aéreas, que tiveram alta de 7,39%. Os combustíveis para automóveis, que também têm peso relevante, tiveram retração de -0,71%. Esse grupo é o segundo que mais pesa no índice, 21,48%.
Outro grupo que puxou a inflação para cima foi o de habitação, com alta de 0,32%. Nesse caso, a pressão veio do reajuste anual da tarifa de energia elétrica da Celesc, que teve alta média de 4,2%. A bandeira tarifária do mês de agosto mudou de amarela para verde, com redução de -3%, pressionou para que o impacto da energia ficasse menor na inflação. Esse grupo pesa 13,94% no índice.
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Os alimentos e bebidas, grupo que mais pesa na inflação (21,62%), ajudou a puxar os preços para cima em agosto, apesar de ter registrado alta menor, de 0,19%. Alimentos comprados em supermercados e feiras subiram 0,29% e as refeições fora de casa seguiram com preços estáveis, em 0,05%.
As maiores variações nos preços de alimentos foram em bolo pronto (11,60%), laranja paulista (5,84%), filé mignon (5,62%), costela bovina (4,64%), refrigerante (4,41%), ovo vermelho (4,0%), óleo de soja (3,72%) e mamão (3,46%).
As reduções de preços de alimentos chamaram a atenção. As maiores foram na batata inglesa (-17,1%), tomate (-14,4%) e cebola (-13,6%). Um subgrupo de produtos que pesa no custo das famílias também teve redução de preços, o de lácteos, com queda de -2,1% no preço do leite longa-vida.
Dos nove grupos do ICV da Udesc, também tiveram alta os de artigos de residência (1,18%), vestuário (0,11%) e serviços de comunicação (1,08%). Três tiveram redução de preços: saúde e cuidados pessoais (-0,13%), despesas pessoais (-0,04%) e educação (-0,23%).
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O Índice de Custo de Vida (IVC), que acompanha 297 preços, é apurado pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconomia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Ele segue a mesma metodologia do IBGE para apurar o IPCA, que é a inflação oficial do Brasil.
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