A inflação, que desde o segundo semestre do ano passado tira o sono de muita gente, teve alta de 0,51% em Florianópolis no mês de julho, segundo o Índice de Custo de Vida (IVC) apurado pela Esag, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Essa variação ficou abaixo da estimada pelo mercado para a inflação oficial brasileira do mesmo mês, o IPCA, em 0,94%. Vale o registro porque a metodologia de cálculo é a mesma.

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Segundo a pesquisa da Esag, de janeiro a julho deste ano, os preços, em média, subiram 5,3% em Florianópolis e no acumulado dos últimos 12 meses, tiveram alta de 8,9%.

A maior pressão veio do preço da energia, que em função da bandeira tarifária devido à crise hídrica nacional, subiu 5,7% em julho. Nos últimos três meses, teve alta acumulada de 15,64% após subir 5,4% em maio e 3,8% em junho. E para o consumidor catarinense, esse insumo ficará mais caro em agosto, porque é quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concede o reajuste anual da tarifa da Celesc, que vai subir este ano.

O Índice de Custo de Vida da Esag também apurou preços mais altos de alimentos em julho, que em média subiram 0,40%. O maior impacto foi na alimentação fora de casa, que subiu 0,80%.

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Nos supermercados, apareceu o impacto do milho mais caro nos preços da carne de frango e de ovos, com alta de 4,2% e de leite e derivados, mais 4,1%.

Para tentar trazer a inflação para a meta no ano que vem, o Banco Central está promovendo altas na taxa básica de juros Selic. Hoje a instituição encerra mais uma reunião e a expectativa do mercado é de que a taxa terá aumento de 1 ponto percentual, passando para 5,25% ao ano. A meta da inflação para este ano é de 3,75% mas as estimativas são de que ficará em torno de 7%. Para o ano que vem, a meta é 3,5%.