Florianópolis fechou o mês de maio com alta de 0,36% na inflação, variação que foi puxada para baixo pelo fim da cobrança de bandeira tarifária na conta de luz, o que gerou uma redução de -11,77% na tarifa de energia em maio. Sem essa queda, a inflação teria sido quase o dobro no mês, 0,69%, estimou Hercílio Fernandes, administrador responsável pelas pesquisas do Índice de Custo de Vida (ICV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc-Esag). 10,71%

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A estabilidade ou queda no preço de parte dos 126 alimentos que compõem índice também ajudou para a inflação ser mais estável no mês passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta seguiu em dois dígitos: 10,71%. Dos 297 itens pesquisados em maio, 113 subiram, 117 ficaram estáveis e 67 tiveram redução de preços.

– Nesse jogo do que sobe e o que desce, dá para considerar que em maio tivemos uma estabilidade de preços. Alguns produtos importantes ficaram estáveis ou até tiveram queda. O preço do ovo ficou estável, do frango caiu um pouco, alguns cortes de carnes também ficaram mais baratos – observou Hercílio Fernandes.

Nessa escalada de alta de preços desde a pandemia, a maior variação foi em outubro do ano passado, de 1,63%. A última deflação registrada em Florianópolis, de -0,05%, foi em abril de 2020, mês em que o Estado enfrentou o maior período de isolamento social com a chegada da pandemia.

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Depois, a escalada de preços ficou sempre positiva por 25 meses, conforme a sequência a seguir: em 2020, no mês de maio subiu 0,14%, junho (0,21%), julho (0,35%), agosto (0,69%), setembro (0,34%), outubro (0,77%), novembro (0,67%) e dezembro (0,91%).

Em 2021: janeiro (0,70%), fevereiro (0,87%), março (0,90%), abril (0,33%), maio (1,27%), junho (0,62%), julho (0,51%), agosto (0,88%), setembro (0,86%), outubro (1,63%), novembro (0,83%) e dezembro (0,67%). Em 2022: janeiro (0,79%), fevereiro (0,89%), março (0,97%), abril (0,36%) e em maio (0,36%).

Dos nove grupos de produtos que integram o índice de inflação de Florianópolis, o de transportes teve a maior alta do índice, 1,36%. Foi resultado do aumento de 4,02% do transporte público influenciado por 12,94% de alta nas passagens aéreas, mais alta de combustíveis (veículos) de 1,11% e de veículo próprio 0,73%.

Também tiveram alta em maio os grupos de comunicação (1,14%), saúde e cuidados pessoais (0,75%), alimentos e bebidas (0,71%), vestuário (0,33%) e despesas pessoais (0,33%). As quedas foram registradas nos grupos de habitação (-1,84%), educação (-0,26%) e vestuário (-0,16%).

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No caso da alimentação, o custo dos produtos para domicílio ficou estável, em 0,06%. A alimentação fora de casa subiu 1,69%, puxada pela alta do chope (7,78%), cafezinho (5,56%), lanche (4,66%), crepe (2,56%) e almoço e jantar (0,60%).