Pressionada pelos preços de combustíveis e de energia, a inflação de Florianópolis, medida pelo Índice de Custo de Vida (ICV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc-Esag), teve alta de 1,27% em maio, a maior desde novembro de 2017. A variação foi puxada principalmente pelo aumento dos combustíveis na bomba em 9,7% e da energia em 5,4%. No acumulado de 12 meses, a inflação da Capital subiu 8,31% e neste ano já avançou 4,13%.

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O custo da energia subiu em função da adoção da bandeira tarifária vermelha 2, que acrescentou R$ 6,24 a cada 100 kWh consumidos. A causa é falta de chuvas na região dos grandes reservatórios de usinas de hidrelétricas no Sudeste do país e no Paraná. E os combustíveis aceleraram alta, anulando a queda superior a 6% no mês anterior. O motivo principal foi a volta da cobrança do PIS e Cofins sobre os preços, mas houve também variação no preço do petróleo. A gasolina teve a maior variação, de 13,4%.

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Desta vez, os aumentos de preços não foram generalizados em Florianópolis, afirmou o coordenador do ICV da Esag, Hercílio Fernandes Neto. Segundo ele, sem considerar a alta de combustíveis e energia, a inflação teria ficado em 0,50%. A Esag-Udesc pesquisa 297 produtos, em metodologia semelhante a usada pelo IBGE para o IPCA, que é a inflação oficial do Brasil.

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No mês de maio, em função dos combustíveis, o grupo de transportes teve alta de 3,66% no indicador. Foi seguido pelos grupos: artigos de residência que subiu 2,86%, habitação (2,12%), comunicação (0,80%), despesas pessoais (0,63%), saúde e cuidados pessoais (0,43%), alimentos e bebidas (-0,10%), educação (-0,24%) e vestuário (-1,41%).

Os preços de eletrônicos puxaram o custo de residências porque produtos da linha branca tiveram alta de 5,58%. Estão pressionados pelo maior preço das commodities minerais e componentes eletrônicos importados, que estão com oferta incerta devido à pandemia.

Em maio, o grupo de alimentos, que pesa 20,3% no total da inflação, ficou com preços médios estáveis, o que deu um certo alívio. Isso porque cortes de carnes bovina e suína continuaram subindo com altas de 0,11% no caso do patinho, até 2,70% no custo do músculo. Os alimentos continuam como itens caros na cesta de consumo das famílias. Apesar de os preços não estarem com alta generalizada, o cenário indica inflação elevada para este ano, em torno de 5%.