A inflação de Florianópolis subiu 0,9% em março e, nos últimos 12 meses, acumula alta de 6,69%, segundo o Índice de Custo de Vida calculado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Esag/Udesc). No mês de março, a pressão maior veio dos preços dos combustíveis, que subiram 8,30%. O peso foi semelhante ao do mês anterior, fevereiro, quando os combustíveis tiveram acréscimo de 8,50% e a inflação do mês chegou a 0,87%. Com isso e a alta de 0,70% em janeiro, nos três primeiros meses do ano, a Capital já acumula alta de 2,49% enquanto a meta da inflação oficial do país (IPCA), para o ano é de 3,75%.
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Em março, devido aos combustíveis, o grupo dos transportes, que responde por 20% do peso total no ICV, subiu 2,82%, seguido pelo grupo de saúde e cuidados pessoais (1,79%), vestuário (0,87%), habitação (0,59%), alimentação e bebidas (0,27%) e despesas pessoais (0,07%). O custo do grupo de comunicação ficou em zero e tiveram queda os de artigos de residência (0,51%), e educação (0,05%).
Inflação em Florianópolis: alimentos, transportes e educação puxam alta
Dessa vez o grupo de alimentos, que representa 20,78% no total do índice de Florianópolis, variou menos porque diversos preços importantes mudaram pouco ou tiveram queda. As carnes bovina, suína e pescados tiveram retração de 0,06%, aves e ovos subiram 2,78%, hortaliças e verduras tiveram alta de 4,64%, panificação caiu 0,21% e a alimentação fora de casa subiu 0,81%.
As expectativas no Brasil são de que a inflação oficial vai fechar o ano com alta acumulada perto de 5%. A variação na capital catarinense, que envolve quase 300 preços pesquisados, segue a tendência nacional. Por isso, a inflação deverá seguir pressionada no município, principalmente nos alimentos em função do alto custo de grãos que impactam também nos preços de proteínas como as carnes de aves, suínos, ovos e leite.
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No caso dos combustíveis, pode ter uma estabilização ou queda nos próximos meses porque a moeda americana deve ficar no atual patamar e os produtores mundiais de petróleo decidiram aumentar a oferta para os próximos meses, o que derrubou preços em dólar do barril de petróleo.