O aumento de preços segue como o principal desafio econômico da maioria dos consumidores do Brasil. As variações da inflação em Florianópolis ficam próximas da média nacional. No mês de novembro, os preços na capital subiram 0,83% e no acumulado de 12 meses chegaram 10,80%, informou a Udesc Esag, que calcula o Índice de Custo de Vida (IVC).
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Como de janeiro a novembro a inflação acumulada da capital chegou a 9,81%, significa que vai fechar o ano em torno de 11%. Dos 297 itens pesquisados pela Udesc, 109 aumentaram mês passado, 37% do total.
Entre os grupos de produtos pesquisados, a maior alta veio dos transportes, 1,17%, apesar de os combustíveis para veículos terem subido 1,67%, bem menos do que a alta 11,5% no mês de outubro.
O grupo de alimentos também ficou mais caro, com alta média de 0,90%. A alimentação fora de casa subiu 0,95%. Frutas (5,54%) e verduras, como o aumento de 17,7% da couve-flor, pressionaram mais.
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Pesaram também o grupo de habitação, com alta de 1,03%, despesas pessoais 1,91% e artigos de residência (0,50%). Somente o grupo de vestuário recuou. Teve queda de 0,36%.
Apesar do arrocho do Banco Central com a subida dos juros básicos, a inflação segue preocupando porque ela tem duas causas. Uma é o problema de oferta de produtos e serviços, que vem do exterior, mas também tem muitas causas nacionais, incluindo a escassez de energia. Para o coordenador do índice da Udesc, Hercílio Fernandes, essa causa é mais difícil de conter, mesmo com a alta dos juros básicos.
A outra causa são problemas políticos, com dúvidas sobre os gastos do governo federal. Isso eleva o dólar que aumenta a inflação. Apesar dessas adversidades, a projeção para o ano que vem é que a inflação oficial do país ficará em torno de 5%.