O Índice de Custo de Vida apurado mensalmente pela Esag-Udesc registrou que a inflação de Florianópolis fechou setembro com uma alta de 0,30%. A variação ficou acima da ocorrida no mesmo mês do ano passado, de -0,03% e também do mês anterior, agosto, que subiu 0,16%. Neste ano, a inflação da capital subiu 2,73% e nos últimos 12 meses, 3,55%.
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A alta foi puxada principalmente pela alimentação fora de casa, que subiu 1,81%, e os transportes, com alta de 0,70%. Chamou a atenção dos técnicos que apuram o índice o fato de a alimentação nos supermercados ter caído 0,90%.
A variação de setembro inclui mais os impactos do aumento de ICMS de carnes, água e gás de cozinha, entre outros produtos. Os restaurantes sentiram mais a variação, enquanto supermercados, com estoques maiores e grandes fornecedores sofrem menos. A propósito, representantes de pequenos frigoríficos de carnes de frango e suíno voltaram a criticar a continuidade do aumento de ICMS.
Alegam que perderam a competitividade para vender em Santa Catarina. Um exemplo citado é que numa venda de 100 reais de carne suína com margem de 20%, o fornecedor do Paraná é isento de ICMS enquanto o catarinense precisa pagar 7,5 reais. Questionada, a Secretaria da Fazenda do Estado disse que estuda possíveis alterações na legislação tributária para tornar os frigoríficos catarinenses mais competitivos.
Reajuste da Casan
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Este ano, o reajuste na tarifa de água e esgoto da Casan terá três influências: a da revisão tarifária a cada cinco anos; a dos custos dos 12 meses anteriores; e da nova estruturação tarifária.
O resultado dessas três contas será uma tarifa mais barata para quem consome menos água. Pelas projeções da Aresc, a Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina, cerca de 51% dos consumidores terão redução na conta. A tarifa fixa que hoje é de R$ 44,04 reais, vai cair para R$ 29,49.
A revisão tarifária gerou uma redução de 0,95% na tarifa, e esse percentual frente a inflação de 3,56% dos 12 meses até agosto, resultou em reajuste de 2,61%. Apesar desse reajuste, o que vai pesar mesmo na conta é o total consumido. Em função do atraso das avaliações das demais agências reguladoras (são quatro agências que analisam e definem as tarifas), a mudança de preços vai ocorrer a partir de novembro.