Repetindo a pressão quase generalizada de aumento de preços do mês anterior em comportamento parecido com o nacional, a inflação de Florianópolis, medida pelo Índice de Custo de Vida (ICV) da Udesc-Esag, teve alta de 0,86% em setembro. Ficou parecida com o IPCA, inflação oficial do país em agosto, de 0,87%, e também com o ICV desse mesmo mês, que subiu 0,88%. No acumulado de janeiro a setembro, a inflação de Florianópolis subiu 7,15% e, nos últimos 12 meses, variou 9,7%, praticamente igual à variação nacional do IPCA, de 9,68%.
Continua depois da publicidade
> Receba as principais informações de Santa Catarina pelo WhatsApp
Chamou a atenção no ICV a série de altas no preço da energia. Impactada pela revisão anual em agosto e pelas bandeiras tarifárias, teve aumento acumulado de 29,8% de maio a setembro, com variação de 7,5% só nesse último mês. A sequência de reajustes pesados na conta de luz incluiu 5,4% em maio, 3,8% em junho, 5,7% em julho e 4,4% em agosto. A energia integra o grupo de habitação, que subiu 3,76% em setembro e responde por 14,19% do índice. Isso porque aluguéis e taxas subiram 3,81% e itens de limpeza, 1,49%.
Outra pressão forte veio no grupo de alimentos, que teve alta de 1,18% e responde por 20,55% do índice. Nesse grupo, as maiores variações foram no tomate (31,3%), coxa de galinha (19,3%), laranja (11,7%) e peito de frango (11,4%). Mas a maioria dos produtos ficou mais cara. Entre os destaques estão também as variações de 8,55% no preço do açúcar refinado, de 1,75% no preço médio das carnes e de 1,89% em bebidas e infusões. A única queda em subgrupo de alimentos ocorreu em pescados (-1,76%) enquanto o grupo de farinhas, féculas e massas não teve variação. A alimentação fora de casa subiu 0,89%.
A educação teve alta de 0,48%, o grupo de despesas pessoais subiu 0,76%. Os custos de vestuário caíram 2,34% e de artigos de residência, 0,28%.
Continua depois da publicidade
Sob a coordenação do administrador Hercílio Fernandes, a Udesc-Esag apura a inflação de Florianópolis com os mesmos critérios do IPCA do IBGE, por isso os resultados são, normalmente, parecidos. São 297 itens consumidos por famílias de até 40 salários mínimos. Os índices podem ser consultados na íntegra no udesc.br/esag/custodevida.