Os americanos elegeram Donald Trump para um novo mandato a partir de 20 de janeiro. Ele derrotou a democrata Kamala Harris numa das campanhas mais acirradas do país. Um dos fatores que mais colaboraram para a vitória de Trump foi a economia, ou seja, os impactos da inflação alta. Mas a expectativa é de mais estabilidade de preços nos próximos anos e que os Estados Unidos sigam como um dos principais parceiros comerciais de Santa Catarina e do Brasil, apesar de promessas de medidas para proteger a economia.
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A oscilação da inflação nos últimos anos foi um diferencial para esta eleição. A pandemia e a guerra na Ucrânia aumentaram os preços dos combustíveis, alimentos, insumos industriais e serviços pelo mundo. Isso impactou preços em todos os países.
Os Estados Unidos, que sempre tiveram inflação controlada nas últimas décadas, com taxas anuais em torno de 2%, enfrentaram altas recordes. Em meados de 2022, a alta em 12 meses chegou a 9,1%, a maior dos últimos 40 anos no país.
O governo de Joe Biden e o banco central, o Federal Reserve, adotaram as medidas necessárias. O governo adotou estímulos e depois o banco central elevou o juro para conter os preços, exigindo esforço maior para derrubar a inflação e já conseguiu. Em setembro, estava em 2,4% na média anualizada.
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Mas como tudo ainda continua mais caro por lá, pesando no bolso dos consumidores, os eleitores decidiram mudar. Escolheram presidente de outro partido, o republicano. Donal Trump prometeu fazer a América grande de novo, com protecionismo e mais postos de trabalho, apesar de o país estar com pleno emprego pela taxa de desocupação de 4,1%.
No Brasil, a preocupação é sobre o tipo de retaliação comercial que Trump deverá adotar no novo governo. Essa é uma preocupação no mundo todo. Mas como ele precisa manter a inflação baixa, é possível que não adote medidas que elevem preços, mesmo de compras do exterior.
Apesar das preocupações, a economia de Santa Catarina não deve ser muito afetada porque o Estado vende aos EUA principalmente produtos industrializados, de valor agregado. Além disso, boa parte das empresas daqui que atuam no mercado americano têm fábricas lá ou no México, o que facilita as vendas por ser mercado comum.
Além disso, a Federação das Indústrias de SC (Fiesc) tem buscado aproximação com entidades e promovido eventos de negócios para que empresas do Estado conquistem mais espaço no mercado americano. No período de janeiro a setembro, as vendas de SC aos EUA somaram US$ 1,3 bilhão e cresceram 3,2% frente ao mesmo período de 2023. Lideraram as receitas do Estado em exportações.
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No caso do Brasil, alguns produtos podem ser mais taxados, como o aço e carne bovina. Mas, antes de tudo, o governo americano terá que ficar de olho na inflação – ponto de desagrado dos eleitores – que não pode voltar a subir.
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