Em dois dias de compartilhamento de conhecimentos e de debates sobre o futuro do setor têxtil, o oitavo Congresso Internacional Abit 2023, realizado em Florianópolis quarta e quinta-feira desta semana (08 e 09 de novembro) pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) elegeu a descarbonização e a colaboração entre empresas como pilares prioritários do setor para o momento atual e os próximos anos.
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O evento, que teve como tema central “Redes, Conexões e Fronteiras”, contou com palestrantes de renome do Brasil e exterior, e a presença de líderes das maiores empresas do setor de Santa Catarina e do Brasil.
A realização foi na sede da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), teve coordenação do diretor superintendente da Abit, Fernando Valente Pimentel e do 1º vice-presidente da associação, Giuliano Donini, que também é presidente da Câmara da Indústria Têxtil e de Confecções da federação. O presidente da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar, participou da abertura do evento.
– Temos a agenda têxtil de 2030 e saímos com uma proposta: dos associados da Abit, nos próximos três anos, pelo menos 50% têm que estar na jornada de descarbonização. Não é porque é bonzinho. É porque tem que ser feito, porque tem um mercado regulado e porque vai dar dinheiro. E isso faz bem ao planeta, faz bem aos negócios – afirmou Pimentel, que provocou os empresários do setor com o lançamento da Liga da Descarbonização.
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Segundo Donini, o evento permitiu discutir vários desafios que se tornam em oportunidades. A liga da descarbonização é uma ambição de fazer o setor efetivamente se movimentar e uma dessas agendas é buscar em três anos um impacto perceptível.
Esse é um dos desafios para mostrar que o setor têxtil pode trabalhar mais unido, com agenda comum. Isso porque o setor têxtil, embora muito grande, é muito fragmentado, observou Donini. Um exemplo é que nenhuma empresa produz mais do que 0,73% de roupas do país.
Em Santa Catarina, atuam mais de 9.100 empresas no setor, mas dessas, 83% são microempresas e 14% são pequenas empresas. Isto significa que quase 97% das empresas normalmente constituídas no Estado são pequenas, observa Donini.
– Ser uma pequena empresa não é demérito, mas quando um empresário está nessa fase da maturidade da sua empresa, ele não consegue fazer todas as agendas. Ele está muito no dia a dia do negócio. Quando você começa a trazer agendas de produtos ecológicos, responsabilidade de ESG, são pautas que acabam não conseguindo entrar na rotina desse empresário. Então, é um desafio setorialmente a gente alcançar isso.
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Só que também é verdade que essas empresas estão sempre, invariavelmente, associadas a uma cadeia de valor, que lá na ponta tem alguma grande empresa associada a essas empresas. Então, no nosso entendimento, podemos trabalhar a cadeia – explicou Donini.
Importância do setor têxtil para SC
O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, na abertura do congresso, falou sobre a importância da indústria têxtil e de confecções para a economia de Santa Catarina. Ele informou que, atualmente, mais de 176 mil profissionais trabalham no setor, que é o maior empregador da indústria catarinense.
– Para nós, é fundamental receber esse congresso, que está debatendo questões relevantes do setor, mas que também impactam o desenvolvimento de Santa Catarina – disse Aguiar.
Em SC, a indústria é a principal impulsionadora da economia. Responde por 27% da geração de riqueza, isto é, do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Essa é a segunda maior participação do Brasil. Fica só atrás do Amazonas que tem a economia centrada na Zona Franca de Manaus. E a indústria têxtil, que está presente no Estado há quase 150 anos, é um dos destaques do setor de transformação local.
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