Poder inovar investindo recursos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos, ou seja, gratuitos) é um privilégio. Montante de R$ 2,18 bilhões desses recursos está sendo oferecido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) em 11 chamadas públicas. Elas integram ações da Nova Indústria Brasil (NIB), programa lançado pelo governo federal.  

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Essa oferta para inovação foi tema do Finep Day, evento realizado na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), nesta quarta-feira. Entre as áreas contempladas estão agronegócio, saúde, mobilidade urbana, aviação sustentável, semicondutores, tecnologias digitais, bioeconomia e energia. O programa é para todo o Brasil, mas a expectativa é de que Santa Catarina tenha uma participação expressiva porque é um dos estados líderes em desenvolvimento de inovação.

A Finep foi representada nesse evento na Fiesc pelo superintendente de Inovação, Newton Hamatsu. Ele destacou que o programa Nova Indústria Brasil foi elaborado com base nas novas políticas industriais que estão sendo adotadas no mundo todo. Citou países como Estados Unidos, Europa, China e Japão.

Hamatsu falou dessas alternativas não-reembolsáveis e também das reembolsáveis, que têm custo menor do que outros programas disponíveis no mercado.

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Para o diretor de Inovação e Competitividade da Fiesc, José Eduardo Fiates, as tendências das indústrias, hoje, destacam cooperação e conectividade.

– O Brasil precisa aproveitar esse momento de reestruturação industrial no mundo para recuperar sua competitividade. Nas últimas décadas, o país perdeu valor nas exportações, do preço por quilo exportado – alertou Fiates.

Os valores para as 11 chamadas públicas abertas pela Finep são variáveis. Podem participar empresas de todo o Brasil para inscrever projetos dentro dos respectivos focos de cada setor elencado no programa da Nova Indústria Brasil (NIB).

Áreas contempladas e valores previstos:

Para o agronegócio serão R$ 280 milhões, saúde – empresas (R$ 250 milhões), saúde – ICTs (R$ 250 milhões), mobilidade urbana (R$ 150 milhões), aviação sustentável (R$ 120 milhões) e para resíduos, saneamento e moradia (R$ 80 milhões).

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A chamada para semicondutores prevê R$ 100 milhões, tecnologias digitais (R$ 170 milhões), energias renováveis (R$ 250 milhões), bioeconomia (R$ 250 milhões) e soberania e defesa nacional (R$ 280 milhões).

O acesso aos 11 editais da Finep e também a mais informações sobre esses programas podem ser diretamente no site da financiadora, o www.finep.gov.br.

Para se ter ideia de como funciona o processo, no caso de saúde – empresas, por exemplo, que terá R$ 250 milhões. A missão é complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde.

Para acessar o recurso, a empresa deverá focar desafios inovadores como o desenvolvimento de insumos farmacêuticos ativos, produtos biológicos com alto impacto ao SUS, pesquisa clínica de novos medicamentos e produtos prioritários definidos pelas PDPs.

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Empresas participantes podem ter parcerias com o Ministério da Saúde, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o BNDES e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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