Santa Catarina tem o parque industrial mais diversificado do Brasil e também o melhor distribuído nas diversas regiões. Além disso, é um dos mais competitivos e produziu 2,8% mais no primeiro trimestre. É por isso que a geração de novos postos de trabalho é desconcentrada e SC tem se mantido com a menor taxa de desemprego do país: 7,2% em março (IBGE). Os dados do Caged apontaram que em abril o Estado gerou 6.415 novos empregos, o que somou 49.914 novas vagas no primeiro quadrimestre do ano, das quais 30.031 na indústria de transformação (60,16% do total).

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Conforme o gerente do Observatório da Federação das Indústrias (Fiesc), Sidnei Manoel Rodrigues, o Estado conta com empresas fortes de diversos setores em municípios diferentes. Isso ocorre, por exemplo, com os setores têxtil, metalomecânico, madeireiro e outros. A cidade que mais abriu postos de trabalho este ano em SC foi Joinville, 6.402 vagas segundo a estatística do Caged por municípios. Dessas, 2.672 foram na indústria de transformação.

Rodrigues explica que a indústria da maior cidade catarinense está aquecida principalmente em função da retomada do setor automotivo e melhores desempenhos dos setores metalomecânico e têxtil. Cada município tem suas peculiaridades, mas a maioria fechou o período de janeiro a abril deste ano com saldo positivo de empregos.

Moda e agro

Em segundo lugar no quadrimestre em novos empregos por município ficou Blumenau com um total 3.438 novas vagas, das quais 2.150 na indústria. Em terceiro veio Brusque, com 2.591 vagas e 1.210 na indústria. O maior diferencial dos dois municípios é o setor têxtil e de moda, com marcas fortes no mercado nacional, o que permite avançar em vendas apesar das dificuldades do mercado, observa o gerente do Observatório, Sidney Rodrigues. Chapecó, que tem na exportação do agronegócio mais estabilidade, gerou 2.579 vagas, sendo 1.224 na indústria. Entre as cidades fortes em vagas na indústria estão ainda Jaraguá do Sul, Criciúma e São Bento.

São José

Na Grande Florianópolis, muitas vezes as vagas são abertas mais no Continente apesar de a Capital ser a maior cidade. Foi assim no mês passado, quando São José abriu 836 e Florianópolis 88. No quadrimestre, a Capital teve saldo negativo de -1.739 vagas porque enfrenta maior dificuldade no varejo, com o fechamento de 1.937 vagas no período. São José teve saldo positivo, com 1.762, das quais 1.229 nos serviços e 196 na indústria. Quinta maior economia do Estado, São José é destaque também no mercado de trabalho. 

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