Apesar de variações, os três setores que mais impactam no Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina – indústria, comércio e serviços – seguem com crescimento acima da média nacional, segundo as pesquisas mensais de julho do IBGE. A produção industrial alcançou crescimento de 6,5% no acumulado do ano até julho e 4,8% nos últimos 12 meses, varejo ampliado cresceu 7,9% de janeiro a julho e 7,2% na comparação anualizada, e os serviços tiveram alta acumulada de 5,6% até julho e de 5,1% nos últimos 12 meses.
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No mesmo período, o Brasil registrou alta na indústria de 3,2% no ano até julho e de 2,2% em 12 meses, no varejo ampliado cresceu 4,7% no ano e 3,8% em 12 meses e nos serviços teve alta de 1,8% no acumulado do ano até julho e cresceu 0,9% nos últimos 12 meses.
Indústria cresce o dobro
Em julho, a produção industrial de SC cresceu o dobro que a nacional em três dos quatro indicadores. Além dos dois citados acima, foi assim também na comparação com o mesmo mês de 2023, quando cresceu 11,8% e o Brasil, 6,1%. Mas na série com ajuste sazonal, de julho frente ao mês anterior, o resultado foi parecido: SC cresceu 1,3% e o Brasil, 1,2%.
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Quase todos os setores da indústria de SC cresceram em julho ante ao mesmo mês de 2023. As maiores altas foram em máquinas e equipamentos (26,6%), confecções e vestuário (25,5%), metalurgia (23,4%), máquinas, equipamentos e materiais elétricos (17,5%), borracha e plástico (17,3%), produtos químicos (15,6%), veículos e reboques (13,5%), têxteis (12,4%) e móveis (11,3%).
Também cresceram os setores de minerais não metálicos (7,2%), produtos de madeira (5,6%), celulose e papel (3,9%) e alimentos e bebidas (2,7%). O único grupo que teve queda foi o de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos (-7,6%).
Favorecido pelo maior ritmo da economia brasileira, com juros menores e crédito mais acessível, além do bom ritmo das exportações, o setor industrial de SC seguirá crescendo este ano.
Comércio ampliado se destaca
A pesquisa do IBGE mostra que o varejo ampliado catarinense, em volume, segue com um dos melhores desempenhos do país, mas sofre com o sobe e desce. Em julho frente ao mesmo mês do ano passado cresceu 12,1%, mas frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal, caiu -1,0%.
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Os setores que mais cresceram em volume de vendas em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado foram veículos (31,6%), eletrodomésticos (27%), equipamentos de escritório e informática (15,8%), produtos farmacêuticos (15,5%), atacado de alimentos, bebidas e fumo (13,7%) e outros artigos de uso pessoal de doméstico (12,3%).
Cresceram, mas com menor variação, móveis (8,7%), hipermercados e supermercados (3,0%), tecidos, vestuário e calçados (3,8%) e materiais de construção (4,3%). Dois setores tiveram retração: combustíveis e lubrificantes (-4,3%), livros, jornais e papelaria (-9,3%).
Serviços acima da média
A pesquisa mensal do IBGE mostra que o setor de serviços de SC se mantém acima da média do país na maioria das comparações. Em julho frente ao mesmo mês de 2023, cresceu 8,2%, quase o dobro do país. Na análise frente ao mês anterior, com ajuste sazonal, cresceu 1,1% enquanto do Brasil cresceu 1,2%.
SC foi melhor que o Brasil no volume de serviços turísticos. Cresceu 2,1% em julho frente ao mês anterior com ajuste sazonal, teve alta de 12,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado e no acumulado do ano cresceu 7,0%.
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A média brasileira nas atividades turísticas foi queda de -0,9% em julho ante o mês anterior, alta de 1,2% em relação ao mesmo mês de 2023 e de 1,3% no ano.
Considerando os grupos pesquisados, os serviços de transportes e correios lideraram com alta de 12,6% em volume em julho frente ao mesmo mês de 2023. Em segundo lugar ficou o grupo de serviços de informação e comunicação (6,0%), serviços para as famílias (3,6%), outros serviços (3,1%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (2,5%).
A exemplo da indústria, tanto o comércio quanto os serviços seguem com bom ritmo de atividades, em função do cenário econômico nacional, com juros menores, mais crédito, baixas taxas de desemprego.
O problema climático, apesar de severo, com pressão inflacionária, não deve atrapalhar o ritmo da economia este ano. Mostra disso foi o fato de o ministério da Fazenda ter acabado de divulgar nova projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024, passando de 2,5% para 3,2%.
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