A variação do Índice de Performance Econômica das Regiões de Santa Catarina (Iper-SC), apurado pela Federação das Associações Empresariais do Estado (Facisc), cresceu 0,18% no primeiro trimestre do ano frente ao último trimestre do ano passado, em série com ajustes sazonais. Entre as 12 regiões analisadas, o maior salto ocorreu no Oeste, com alta de 2,25% em função do impacto do aumento das exportações do agronegócio e também da baixa atividade no trimestre anterior.

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A maior queda foi em região ao lado, no Noroeste, que inclui a aduana de Dionísio Cerqueira, com retração de -5,46%, após alta expressiva nos últimos três meses de 2018.

O estudo apurou que o segundo melhor desempenho foi no Sul do Estado com alta de 0,93%, seguido pelo Vale do Itajaí 0,79%, Planalto Norte 0,76%, Grande Florianópolis 0,63%, Serra Catarinense e Alto Vale 0,24%, Norte 0,22%, Extremo Oeste 0,20%, Extremo Sul 0,16% e Meio Oeste -0,04%.  

– Quando se fala em indicador 0,18% no trimestre, é um número frustrante considerando o que se viu no passado, mas se compararmos com o que se cresce no mundo, como Holanda, Alemanha, França e EUA, nosso indicador até está bom. O problema é que temos que recuperar, uma dívida histórica (em função da recessão) que temos que buscar de volta) – explica o presidente da Facisc, Jonny Zulauf.

Segundo ele, apesar disso, Santa Catarina tem uma economia com vitalidade melhor por ser diversificada e mais aberta ao mundo, especialmente com manufaturados.

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(Foto: Reprodução )

Enquanto a participação do comércio exterior no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil está em 22% a 23%, o que representa baixo grau de internacionalização da economia, em Santa Catarina essa média é bem maior, está em 31% informa o economista da Facisc, Leonardo Alonso Rodrigues. Significa que o Estado já supera o percentual que a equipe econômica quer chegar no final do governo de Jair Bolsonaro, que é 30%.

– A característica da sociedade catarinense, que é fortemente empreendedora, se destaca. Se formos olhar hoje os projetos de parques tecnológicos em diversas cidades, em Florianópolis que já é referência nacional, em Blumenau, Joinville, em São Bento do Sul que é uma cidade pequena mas que tem um parque de inovação, as coisas estão acontecendo. Em relação ao Brasil estamos bem, em relação ao mundo estamos ótimos. O problema é como vamos nos inserir no Estado brasileiro – observa Zulauf.  

No primeiro trimestre deste ano, as atividades que mais puxaram para baixo o resultado foram as exportações com queda de -29,06%, os depósitos à vista -1,48%, as operações de crédito -0,15% e os financiamentos imobiliários -0,01%. As variáveis que mais cresceram foram energia elétrica com alta de 15,43%, emprego na agropecuária 5,24% e as importações 4,72%. A expectativa é de que o próximo Iper-SC registre um crescimento um pouco melhor, diz o economista Leonardo Rodrigues.