Tecnologia de casas de concreto construídas com impressora 3D chega ao Brasil e está exposta na Construsul, feira que acontece até esta sexta, no Expocentro Balneário Camboriu. Quem oferece a novidade ao mercado da construção civil é a empresa 3D Printek, de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, onde está sendo feita a primeira casa no país com esse novo sistema construtivo. A empresa exibe na feira um vídeo que mostra o processo construtivo. (Veja imagens desse filme na galeria dessa matéria)
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Presente na Rússia, em países europeus e nos Estados Unidos há cerca de 10 anos, com diversas casas construídas, essa novidade começou no Brasil com uma parceria feita pelo empresário Sergio Chapochnicoff, fundador da 3D Printek, com engenheiros russos que desenvolveram o software da impressora. A empresa do RS passou a fabricar as impressoras ao mercado brasileiro.
Veja fotos da casa sendo “impressa” na Serra Gaúcha:
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– A impressora 3D produz as casas em camadas sobrepostas. Primeiro é feito um desenho da casa por engenheiro ou arquiteto, esse desenho é transferido para o sistema da nossa máquina (a impressora). A máquina fatia somente as paredes e vai construindo as mesas em camadas. O sistema permite fazer tudo dentro do perímetro medido para a casa até atingir a altura projetada. Não são usadas vigas e colunas. Somente um microcimento. No meio das paredes a gente recheia com concreto leve que tem incorporação de ar para dar conforto – explica Sergio Chapochnicoff.
Uma casa para duas pessoas, como essa na Serra Gaúcha, pode ser construída em duas semanas, por apenas dois trabalhadores. Como não exige força, pode ser feita também por mulheres. Por ser construída com um microcimento, a casa é mais resistente do que as tradicionais de alvenaria e pode durar até 200 anos, explica o empresário. Isso é possível porque em função desse material ser concreto (cimento e areia).
No projeto da casa é previsto todo o sistema de instalações hidráulicas e elétricas, portas e janelas. O diretor da empresa explica também que, por ter paredes duplas, a construção oferece mais conforto térmico e acústico.
Entre as vantagens de usar essa nova tecnologia está a rapidez na construção e a possibilidade de criar casas com design diferente. Demora cerca de 30% do tempo para construir se comparado com uma unidade tradicional de alvenaria, feita de tijolos. O custo é cerca de 20% mais caro, mas como é feita com mais rapidez e terá mais durabilidade, o valor maior é compensado.
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A 3D Printek está oferecendo na Construsul, em Balneário Camboriú, a venda de impressoras conforme a necessidade de empresas. As máquinas são projetadas de acordo com o interesse da empresa construtora. O modelo exposto na feira é o S7, que tem 11,5 metros quadrados por 11,5 metros de área de impressão e permite fazer uma casa de até 120 metros quadrados. Essa impressora construtiva custa R$ 650 mil, um investimento que pode ser parcelado.
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