Gradativamente, diversos grupos empresariais começam a sentir algum tipo de impacto negativo nas operações devido ao coronavírus, que está se espalhando rápido pelo mundo. Mas, por enquanto, a rede de lojas Havan, de Luciano Hang, não enfrentará falta de produtos devido ao problema porque conta com estoques para até abril ou maio, informou o empresário, que disse estar alerta para essa nova doença e seus efeitos desde janeiro.

Continua depois da publicidade

Segundo ele, a Havan importa da China de 5% a 10% dos produtos que comercializa e conta com estoques elevados. Os demais 95% ou 90% são feitos no Brasil. Observou, contudo, que o problema preocupa porque empresas chinesas também são fornecedoras de insumos para muitos fabricantes nacionais. Mas ele acredita que até maio a logística mundial terá melhorado.

Hang esteve em Florianópolis nesta sexta-feira para assistir a palestra do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que abriu as comemorações dos 70 anos da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).

– Os casos de coronavírus na China já estão reduzindo. Eu espero que logo se encontre um remédio para essa gripe, como foi o tamiflu para a H1N1. Hoje, esse vírus H1N1 ocorre normalmente aqui, nos Estados Unidos e em outros países. Eu gostei muito do discurso do Trump. Ele disse: não se preocupem, não entrem em pânico, é mais uma gripe – observou Luciano Hang.

Outro ponto destacado pelo empresário é de que 80% a 90% das empresas chinesas estão voltando a trabalhar após o feriado nacional, que foi prolongado.

Continua depois da publicidade

– Com a China voltando a trabalhar, a economia volta ao normal. A China é a fábrica do mundo. Todo mundo depende da China. O celular que você está gravando esta entrevista tem componentes da China. Fui ao Vietnã visitar a fábrica da Samsung e os componentes vinham da China. Então, o coronavírus é mais um problema que vamos resolver – afirmou.

Questionado sobre eventuais quarentenas no Brasil devido ao novo vírus, o empresário disse esperar que isso não aconteça.

– Aqui no Brasil, de repente vem uma marolinha e não um tsunami – afirmou, citando a palavra popularizada pelo ex-presidente Lula no início da crise financeira global de 2008.