Grupo de 30 profissionais de startups e de outros setores, neste sábado e domingo de chuvas em Santa Catarina, faz imersão em Jurerê Internacional, Florianópolis, participando do Nasa International Space Apps Challenge 2023, o Hackathon da Nasa, maior do mundo. Estão reunidos na Founder Haus, criando soluções para resolver problemas de clima e água, que estão entre os principais desafios da humanidade.
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Desta vez, Jurerê é a sede brasileira do hackathon, que acontece em mais 10 cidades do país e em 180 países. Nesses dois dias, os participantes podem usar dados abertos da Nasa e de mais 11 agências espaciais para propor soluções inovadoras.
Empresa que incentiva startups com financiamento para soluções de desafios globais, a Founder Haus, de Jurerê, lidera o evento porque seus sócios fundadores já participaram outras vezes e são apoiadores.
A empresária Paloma Lecheta integrou uma das equipes vencedoras globais do Hackathon da Nasa em 2017 e o empresário Nima Kaz, cofundador da Founder Haus e do fundo de investimentos Jupter, também participou de diversas edições.
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O evento, que vai até a meia-noite deste domingo, conta com um animador diferente. O empresário Bruno Dequech Ceschin, cofundador e presidente do conselho do fundo Jupter, participa do evento vestido de astronauta. E vai ficar assim até o final.
Os participantes chegaram na casa às 8h deste sábado, receberam instruções e tiveram uma palestra sobre futuro com o especialista em cenários Juan Barnabo. Depois, passaram a trabalhar na criação das soluções e isso vai até às 16h30min deste domingo.
Às 17h apresentarão o projeto e às 18h30min sai o vencedor local, que tem a proposta enviada para a central do Hackathon da Nasa, nos Estados Unidos. Por volta da meia-noite, sairá a lista dos vencedores globais.
Entre os times participantes está o do Serviço de Água e Esgoto SAE de Jurerê Internacional, que escolheu como desafio buscar solução para água. Os profissionais que participam são Sabrina Costa, Deoclécio da Silva, Salomão Araújo e Henrique Porto.
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Paloma foi vencedora em 2017
Ao participar do Hackathon da Nasa em 2017, Paloma Lecheta integrou a equipe que foi a primeira do Brasil a ficar entre os cinco finalistas globais. Eles criaram uma solução que usou tecnologia da Nasa para ajudar a conter incêndios.
– Na época, a participação foi organizada em Curitiba. Eu integrei equipe de jovens desenvolvedores. Eu nem era da área de tecnologia, mas estava muito apaixonada para resolver problemas. A gente escolheu como localizar focos de incêndio e desenvolvemos um rádio que lá no meio do sertão brasileiro, quando começa a pegar fogo numa localidade onde não tem internet, pudesse avisar os bombeiros. Então, a gente usou o satélite da Nasa que tem informações em tempo real de todos os focos de incêndios para enviar mensagens aos bombeiros por ondas AM. Foi uma solução simples e barata – conta ela.
A participação da Founder Haus este ano está alinhada com a proposta da casa que é incentivar e financiar a criação de soluções para grandes problemas da a humanidade. Segundo Paloma, o Brasil tem muita gente talentosa e podem ser encontradas grandes soluções.
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Diante da relevância dos desafios propostos pelo Hackathon da Nasa, o empresário Nima Kaz conta que eles começaram a fazer o evento em Curitiba em 2017, com a participação das startups apoiadas por Jupter. O grupo tinha um prédio comercial com cerca de 30 startups e achou importante envovê-las no Hackathon. Empresas de fora também podem participar.
– O interessante é que gera ideias, abre perspectiva na mente das pessoas e dá autoestima e confiança para as que se sentem de fora do ecossistema ou do ciclo de inovação. Assim, elas podem se inserir de uma forma mais suave, mais legal para entrar. E podem seguir em frente desenvolvendo seus projetos ou dentro da uma empresa que elas trabalham ou para si mesmo ou, de repente, criando um novo empreendimento que gera mais empregos, solucionando problemas do Brasil e do mundo – explica Nima Kaz.
O empresário Bruno Ceschin é um dos que acreditam que grandes soluções podem ser criadas no Hackathon e depois, virar negócios. O fundo Jupter, do qual ele, Paloma, Kaz e outros são sócios, é investidor de dezenas de startups que visam criar e escalar tecnologias inovadoras.
– Hoje, o meu papel é impulsionar a ciência e a tecnologia brasileiras, em parceria com a Nasa. Esse evento incrível que promovemos há muitos anos. Hoje é meu dia de fazer o papel de “Tier Leader” (animador) como astronauta e impulsionar quem está participando – destacou Bruno Ceschin.
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Além de Florianópolis, também participam do Hackathon times das cidades de Campinas, Barueri, Guarulhos, Osasco, Ribeirão Preto, Santana de Parnaíba, Governador Valadares, Ipatinga, Itambacuri, Teófilo Otoni e Cascavel.
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