
O uso de Big Data Analytics e inteligência artificial para obter eficiência não se limita a grandes empresas. Avança entre pequenas empresas e governos, informa Jaime de Paula, fundador e CEO da Neoway, empresa de Florianópolis que é líder no segmento de Big Data no Brasil. Ele fez palestra sobre marketing digital terça-feira (30) no evento do Lide SC na sede da Fiesc. Antes, falou com a imprensa. Confira os principais trechos da entrevista nos tópicos a seguir.
Continua depois da publicidade
Big Data e marketing
— A gente está vivendo numa sociedade de conhecimento. Tanto o marketing digital quanto o analógico precisam se valer de tecnologias que estão entrando no mercado como o Big Data Analytics, que permite analisar um grande volume de informações em alta velocidade, e a parte de inteligência artificial que permite selecionar as informações para ver quais são mais importantes e produtivas para a empresa.
Tech SC: fique por dentro do universo da tecnologia em Santa Catarina
No final de tudo, elas permitem converter melhor o leads (ter um contato mais qualificado com o cliente). Então, é o marketing de resultados, usando tecnologias como o Big Data Analytics, inteligência artificial, machine learning, internet das coisas e tudo isso focado em business. Temos isso aplicados em empresas de tecnologia, varejo, telecom, bancos e outros.
Continua depois da publicidade
Avanço da tecnologia
— O Big Data está tornando as ações muito mais assertivas no mercado. Quando você usa uma forma de tecnologia, de inteligência artificial, você acerta mais do que seu concorrente. Isso numa velocidade da luz, uma velocidade de 300 mil quilômetros por segundo, que quando você acelera, seu concorrente não pega você mais. Acho que isso está fazendo a grande diferença.
Como usar dados
— Como fazer a curadoria de milhões de dados para ver o que é importante e o que não é importante para as empresas. As grandes plataformas pegam dados, organizam e incluem análises para gerar conhecimento. Eu acho que esse tripé oferece um grande ganho.
Perfil dos clientes
— A gente focou muito no segmento de grandes empresas, o que chamamos de enterprise, mas hoje 15% do nosso faturamento já está vindo de pequenas e médias empresas. Há um interesse muito grande delas. Nesse mundo, para competir, é preciso velocidade. O que a gente vê é que essas plataformas, cada vez mais têm que estar aptas para qualquer tamanho de empresa. Obviamente, uma vai usar com mais velocidade, outra com menos. Uma usa mundialmente e a outra usa regionalmente.
Leia também: Startup oferece programa de capacitação gratuito para desenvolvedores em Florianópolis
Custos proporcionais
— O custo é bem adaptável. Vou ter um custo se eu quiser operar só em Florianópolis, outro se quiser atuar em Santa Catarina, e outros para o Brasil e, daqui a pouco, para a América Latina. Hoje, você consegue atender desde uma pequena empresa até uma empresa gigante.
Continua depois da publicidade
Big Data e governos
— Nossa empresa acabou de ser procurada por alguns governos em busca de soluções em cima de casos reais, para recuperação de ativos, seguradoras, empresa especializadas. Há muitos governos usando a plataforma para recuperação de dívida ativa e outros para otimizar o processo de cobranças de tributos sem aumentar os impostos. Sem aumentar a taxa (alíquota) é possível aumentar a receita, evitando a evasão de divisas.
Segurança de dados
— A gente está acompanhando de perto, junto com a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) e a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a Lei Geral de Proteção de Dados. Acho que ela está muito positiva. Ao mesmo tempo em que ela protege dados da pessoa física, está sendo pró-business.
Um exemplo. Eu quero acessar um site de uma empresa de comunicação porque ela oferece conteúdo que me interessa. Aí essa empresa solicita meu e-mail e meu telefone e pergunta se eu concordo. Se eu concordar, digo sim. Posso dizer não. A partir da hora que eu quero usar isso como pessoa, a empresa tem direito, do outro lado, de poder se conectar comigo.
Tem um projeto agora, da Amazon, muito interessante. Hoje, você compra e a empresa entrega. A Amazon está propondo o seguinte: manda o produto, se o consumidor quer, compra. Se não quer, devolve. Isso é possível de tão interessante que estão os modelos de predição. Ela está dizendo, por exemplo, que conhece o Jaime de Paula melhor do que ele. Então, ela vê quanto vou precisar de produto e me entrega em casa. Se eu não gostar eu devolvo. É uma loucura! São os modelos preditivos. Eles vão começar predizer o que a pessoa precisa de determinado tipo de produto, o que a pessoa vai consumir. É um modelo super disruptivo.
Continua depois da publicidade
:: CEO da Neoway faz aula magna sobre inovação, tecnologia e conhecimento em Florianópolis