Pelas promessas, a segunda “Era Trump” sinalizava um começo mais tenso para a economia mundial por conta de elevações de tarifas para todos os mercados. Mas isso não aconteceu nos primeiros dias do novo governo de Donald Trump, que começou dia 20 de janeiro. Então, os mercados ficaram mais tranquilos e a expectativa é de que mudanças econômicas não serão tão rápidas na maior economia mundial, com impactos no Brasil e em Santa Catarina.
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As promessas de aumentos de tarifas de importação para os Estados Unidos eram de acréscimo de 10% para o Brasil, mais de 20% para aliados como o México e o Canadá, podendo chegar a 60% em alguns casos para a China.
A cautela do novo governo deve ser por decisões mais técnicas da equipe econômica diante do risco de aumento da inflação interna de uma hora para outra. Afinal, os preços recém estão caminhando para dentro da meta de inflação do país, após a série de turbulências causadas pelas guerras e a pandemia, que elevaram preços de combustíveis, espalhando inflação no mundo todo. A última pesquisa apurou inflação anual de 2,9% nos EUA, frente a uma meta de 2% ao ano.
Esse cenário dos primeiros dias de governo representa um alívio para a economia catarinense, em especial a indústria do Estado, que tem no mercado americano o seu principal destino de exportações, onde vende itens de maior valor agregado e obtém o maior faturamento.
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Em 2024, SC fechou a balança comercial com mais de US$ 11 bilhões em exportações. Desse total, US$ 1,7 bilhão veio das vendas aos Estados Unidos. Os produtos mais exportados foram itens de madeira, motores elétricos, geradores, compressores e partes de motores de grandes máquinas. Mas também, o estado vende bem produtos para construção civil, barcos e outros.
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, a indústria catarinense fabrica uma série de produtos com excelência em relação ao mercado mundial. Por isso, tem potencial para vender ainda mais ao mercado dos Estados Unidos, um dos mais exigentes do mundo.
Entre os setores que ele vê mais potencial para exportações estão os de tecnologia, confecções e alimentos. Isso significa que apesar dos entraves globais prometidos por Trump, a indústria de SC tem condições de vender ainda mais para os americanos. Se as taxações subirem lá, o governo brasileiro também pode elevar tributos de importação deles que entram no país.
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