Para a economia de Santa Catarina avançar rápido no setor que mais gera riqueza no mundo, o de tecnologia e inovação, o governo catarinense lançou nesta quarta-feira o Programa SC Inovadora. Ele tem sete áreas, mas começa com crédito por meio do Pronampe Inovação. O plano foi elaborado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação e Secretaria da Fazenda, com inspiração no modelo econômico de Israel.  

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O governador Jorginho Mello, que abriu o evento de lançamento na presença de secretários e lideranças do setor, destacou que empresas de tecnologia e inovação respondem por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e essa participação pode avançar.

– O faturamento do setor no ano passado foi de R$ 20 bilhões. Em seis, sete anos dobrou o número de empresas. De 9 mil passou para 18 mil empresas do setor de tecnologia e  inovação. É uma área que precisa de muito apoio do governo. E o primeiro apoio é dinheiro. Nada nessa vida, em atividade econômica, se faz sem ter investimento. Nós estamos aportando uma linha de crédito pelo Pronampe Inovação, no Badesc, de aproximadamente R$ 100 milhões para que os empresários dessa área possam ter acesso – afirmou o governador.

De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett, o Santa Catarina Inovadora é um conjunto de ações articuladas em sete áreas, que são sete fatores de competitividade para um ambiente de inovação. Essa lista inclui capital humano, capital financeiro, revisão do marco legal, projetos estruturantes, atração de investimentos, infraestrutura e ambientes.

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– A meta que o governador colocou para o Programa Santa Catarina Inovadora e para a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação é a reinvenção da economia catarinense. Ele entende que essa reinvenção, o caminho para isso é por meio da ciência, tecnologia e inovação – afirmou Marcelo Fett.

Ele e outras lideranças enfatizaram que esta é a primeira vez que o Estado conta com uma secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. O plano foi elaborado a partir de análise de mercados mundiais que mais crescem nessa área e o grupo que fez os estudos concluiu que o ecossistema mais parecido com o de SC é o de Israel.

Isto significa que o modelo israelense vai inspirar o trabalho em SC. Uma das comparações apresentadas foi o número de startups por habitantes. SC é líder nacional com 13,20 startups para cada 100 mil habitantes, mas Israel tem 60. O setor de TI responde por 6,1% do PIB do Estado enquanto lá, responde por 15%.

– Eu considero importante a leitura do governo do Estado, do governador, para esse setor. Representa 6% do PIB, 60 mil funcionários, uma massa salarial extremamente representativa de geração de renda. Enxergar isso como uma oportunidade do nosso Estado, fomentando o setor privado e a atividade pública. é fundamental – comentou o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert.

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O começo vai ser com o Pronampe via Badesc. Apesar da questão financeira ser um dos aspectos mais difíceis, para Siewert essa união das secretarias do governo com o Badesc vai permitir a implantação do programa como planejado.

A intenção do governo é poder iniciar empréstimos por essa linha de crédito em 60 dias. Será com fundo de aval, juros incentivados, com um ano de carência e três anos para pagar. Os recursos serão liberados por meio das cooperativas de crédito.

Também participaram do evento de lançamento do programa a vice-governadora Marilisa Boehm, o secretário de Administração Moisés Diersmann, lideranças do setor de tecnologia do Estado e de universidades.  

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