O programa de privatizações e concessões do governo catarinense inclui a privatização do Sapiens Parque, o grande parque tecnológico situado na Cachoeira do Bom Jesus, ao lado de Canasvieiras, no Norte da Ilha de SC. O empreendimento fundado há 18 anos pela Fundação Certi, tem área de 4,2 milhões de metros quadrados com parte de preservação permanente, abriga 39 empresas e cerca de 4 mil pessoas trabalhando. A capacidade estimada é de 33 mil pessoas trabalhando no local.
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Segundo o secretário executivo de Parcerias Público-Privadas (PPPs) da SCPar, Ramiro Zinder, o governo do Estado, que é dono de quase 95% da área, estima que o processo de privatização seja concluído em cerca de dois anos. O parque é uma Sociedade de Propósitos Específicos (SPE) com composição acionária dividida em 58,66% da Codesc (Companhia de Desenvolvimento do Estado), 35,95% da SCPar (empresa do governo de SC) e 5,39% da Fundação Certi.
O Estado está negociando parceria com duas instituições para fazer o plano de privatização: com o BNDES, com quem tem uma reunião dia 29 deste mês, e com a Caixa Econômica Federal. Somente uma instituição fará o projeto, que definira o valor do parque a ser oferecido ao mercado.
A SCPar prefere não estimar um valor para o empreendimento, porque não envolve apenas terrenos, mas o conjunto do projeto. A expectativa é de que o leilão seja realizado na bolsa de valores de São Paulo, a B3, e que grupos nacionais e internacionais se interessem pela compra.
Uma das críticas ao Sapiens Parque é a demora para a implantação do projeto, ou seja, para a instalação de empresas. Mas, para Zinder, o problema ocorre justamente porque, por ser área pública, demora muito mais para a venda de terrenos. Uma das razões da pressa para vender o Sapiens é que a manutenção do mesmo custa R$ 350 mil por mês ao Estado. O projeto envolve também mudar o plano diretor para incluir também imóveis residenciais, comerciais e de serviços no parque.
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Entre as empresas já instaladas no Sapiens estão a Softplan, o Instituto da Indústria, a Nanovetores e a unidade solar da Universidade Federal de Santa Catarina. É um projeto estratégico para fortalecer a economia de Florianópolis e de Santa Catarina.
Atividade econômica
O IBGE divulgou esta semana as três pesquisas principais com dados de novembro do ano passado, que indicam o ritmo da economia do Estado. São os levantamentos da produção industrial, serviços e comércio.
Saiu nesta quanta-feira a pesquisa do comércio. Santa Catarina teve queda de 0,6% em volume de vendas em novembro frente ao mês anterior na série com ajustes sazonais e cresceu 8,6% no acumulado do ano, até novembro.
A indústria teve queda de 0,5% em novembro frente ao mês anterior e teve alta acumulada de 2,5% no ano. Os serviços tiveram queda de 1,8% em novembro frente a outubro, mas cresceram 1,3% no ano.
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Os dados mostram que novembro foi um mês difícil inclusive para Santa Catarina, que é um dos Estados com melhor nível de atividade econômica do país.