Novo presidente do Ciasc, Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina, o ex-secretário de Administração do Estado, Moisés Diersmann, informa que a autarquia vai buscar tecnologias no mercado para acelerar serviços digitais aos cidadãos. Até agora, muitas soluções foram desenvolvidas internamente, mas a prioridade vai mudar.
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O primeiro passo para essa mudança será renovar parcialmente o quadro de funcionários da autarquia com a abertura de um programa de demissão voluntária incentivada (PDVI). Esse plano pode ter adesão de 175 funcionários com mais de 35 anos de empresa.
– Um segundo ponto é fazer com que o Ciasc assuma cada vez mais o papel de uma agência de transformação digital do Estado. Com isso, o foco principal deixa de ser o desenvolvimento de tecnologia. No lugar disso, a empresa vai buscar no mercado as melhores soluções tecnológicas e trazer isso para dentro do governo, melhorando a atuação dos órgãos e os serviços prestados na ponta – explica Moisés Diersmann.
Segundo ele, as primeiras soluções serão para a saúde, na área de telemedicina, e para educação, visando oferecer conectividade completa para as mais de mil escolas estaduais. Essas mudanças vão proporcionar mais tecnologias em sala de aula, mais segurança e maior controle da frequência escolar.
– Para as demais secretarias e órgãos do governo a ideia é a mesma: seguir digitalizando toda a estrutura de funcionamento do governo para que o serviço na ponta seja prestado com mais qualidade e agilidade – afirmou Moisés Diersmann.
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Essa decisão de contratar tecnologias do mercado ao invés de desenvolver internamente agrada a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate). Segundo o vice-presidente de Relacionamento da entidade, Diego Brites Ramos, essa busca no mercado vai promover uma adoção mais rápida de novas tecnologias.
– Um exemplo é a inteligência artificial (IA) generativa, capaz de criar textos, imagens e vídeos instantaneamente, com potencial para iniciar uma nova revolução digital nos serviços públicos. Existem possibilidades que vão desde plataformas de educação, que acompanham a vida escolar do aluno de forma personalizada, até uma maior humanização na oferta de serviços de saúde, contribuindo não apenas para uma melhora no atendimento ao cidadão que busca serviços nessa área, mas também para a própria redução do tempo de atendimento – destaca Diego Brites Ramos.
Na opinião dele, Santa Catarina tem condições de liderar a vanguarda da transformação digital em gestão e serviços públicos brasileiros, contando com soluções e serviços especialmente de pequenas e médias empresas de tecnologia, muitas vezes inovadoras e ágeis.
O vice-presidente da acate destaca que essas empresas são cruciais para o desenvolvimento de soluções tecnológicas avançadas. Assim, elas promovem serviços mais eficientes e, como consequência, melhoram a vida da população catarinense.
O governo de Santa Catarina já utiliza diversas tecnologias do setor privado em seus serviços, entre as quais soluções para segurança. Esse uso privado também é comum nas prefeituras, que contrata sistemas de gestão pública privados, alguns já com avançadas soluções de inteligência artificial. Instituições do governo federal também usam soluções de tecnologias do setor privado.
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