Em reunião da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) com o objetivo de buscar alternativas para acelerar a inovação em Santa Catarina, nesta quarta-feira o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, informou que o governo de SC poderá investir R$ 3 bilhões por ano a partir de 2022. Segundo ele, serão R$ 2 bilhões em recursos próprios e R$ 1 bilhão com financiamentos. Para este ano, será possivel dispor de R$ 2 bilhões a investimentos. Paulo Eli também disse que o Programa Travessia, elaborado pela Fiesc para impulsionar e reinventar a indústria e economia do Estado, poderá ser o masterplan (planejamento abrangente) do governo.
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Participaram da reunião da Fiesc todos os secretários da área econômica do governo. Além de Paulo Eli, estivavam os secretários de Desenvolvimento Econômico, Luciano Buligon; de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira; de Agricultura e Pesca, Altair Silva; Articulação Internacional, Daniella Abreu; o presidente do Instituto do Meio Ambiente, Daniel Vinícius Netto; e o procurador-geral do Estado, Sérgio Pereira. O governador Carlos Moisés foi representado pelo secretário de Casa Civil, Juliano Chiodelli.
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– O governo federal tem orçamento de R$ 6 bilhões para o Dnit. A Secretaria de Infraestrutura do governo do Estado tem R$ 1,2 bilhão. Então, se olharmos para o Brasil inteiro R$ 6 bihões não são nada. Nós estamos trabalhando com prioridade na infraestrutura – afirmou Paulo Eli.
Segundo ele, as projeções são de que o Estado terá, por ano, R$ 2 bilhões em recursos próprios e R$ 1 bilhão de recursos de financiamento até 2035. Isso significa que para um período de 15 anos o governo terá R$ 45 bilhões para investir na nova modelagem econômica do Estado, estimou o secretário. O R$ 1 milhão por meio de empréstimos será possível porque o governo melhorou sua capacidade de pagamento e deve conquistar nota B junto ao Tesouro Nacional, o que permite fazer financiamentos bancários. Atualmente, é nota C nesse critério, o que impede a busca de recursos junto ao setor financeiro.
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O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, ressaltou a importância da indústria como multiplicadora de crescimento e desenvolvimento econômico. Ele lembrou que a indústria responde, em Santa Catarina, por 26,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 34% dos empregos formais. Segundo ele, quando se considera toda a cadeia econômica em torno da indústria, se observa a importância do setor para a economia do Estado.
– Por isso que uma das nossas diretrizes para os próximos anos é fazer com que o estado seja cada vez mais industrializado. Municípios e estados que têm indústria forte são desenvolvidos- afirmou Aguiar.
Aguiar também falou de infraestrutura, considerado um dos maiores gargalos do Estado. Ele disse que o principal corredor logístico catarinense é integrado pelas BRs 101, 470, 282 e 163. Mas, além disso, o setor produtivo segue defendendo investimento em ferrovia. Um dos autores do Programa Travessia, o diretor de Inovação e Competitividade da Fiesc, José Eduardo Fiates, falou sobre o potencial de crescimento da indústria e foi claro na importância do trabalho conjunto. Segundo ele, o programa, lançado no primeiro semestre do ano passado, entrou na segunda fase e ele não acontece sem a participação do governo.
Na área de educação, o diretor Fabrizio Machado Pereira falou da agenda da Fiesc, Sesi e Senai para o período de 2020 a 2030. Ele também defendeu a importância de parcerias com o governo estadual.
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