Apesar de o setor de tecnologia e inovação estar avançando acima da média nacional em Santa Catarina, o governo estadual acredita que essa expansão pode ser mais acelerada. Por isso, o governador Jorginho Mello lançou nesta segunda-feira o programa SC Mais Inovação, que prevê uma série de ações, com investimentos de R$ 24 milhões em 2025. Atualmente, o setor responde por 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de SC e a meta, até 2026, é chegar a 10% do PIB.
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Atualmente, a Rede Catarinense de Centros de Inovação conta com 15 unidades e o plano é abrir mais nove. Com a expansão do setor, a expectativa é, também, ampliar o número de empregos em todo o estado. A última pesquisa apontou que são 86 mil na área de tecnologia e poderão ser criados mais 30 mil.
– Boas cabeças temos em qualquer lugar de Santa Catarina. Talentos, startups inovadoras, invenções extraordinárias, um setor produtivo e um setor de serviços muito fortes. Eu não tenho dúvidas de que nós vamos dar a Santa Catarina a possibilidade de se transformar no estado mais competitivo do Brasil – afirmou o governador Jorginho Mello, antes do lançamento, ao comentar os resultados esperados.
Para o público presente, o governador disse ter esperança de que esse programa, com a ajuda de inteligência artificial, vai permitir aos centros de inovação ajudar a mesclar a tecnologia com os setores mais conservadores da economia.
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O programa será coordenado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação. Entre as ações previstas estão conexões institucionais, atração de investimentos, fomento à cultura da inovação, capacitação e formação de capital humano, plataforma de mapeamento do ecossistema, informa o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett.
– O programa tem como objetivo fomentar ainda mais a rede de centros de inovação para que eles possam entregar mais para a economia de Santa Catarina. Isso por meio da atração de investimentos, formação de capital humano, do fortalecimento das estruturas das estruturas da rede de centros de inovação e da conexão do setor produtivo tradicional e do setor de tecnologia – explicou Marcelo Fett.
A execução do SC Mais Inovação será numa parceria entre a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação com a Associação Catarinense de Fundações Educacionais (Acafe), e a Universidade do Extermo Sul de Santa Catarina (Unesc), que assinou um convênio de R$ 4,48 milhões com esse objetivo.
– O programa Santa Catarina mais Inovação surge da necessidade de reestruturar todo o ecossistema de inovação do estado de Santa Catarina. Nós temos, hoje, 15 centros de inovação muito bem estruturados. No entanto, temos regiões do estado que são ainda carentes de ambientes de inovação. Esse programa, que será desenvolvido pelas 14 universidades comunitárias do sistema Acafe, abrangerá as 21 regiões do estado e buscará mobilizar a sociedade em geral, aculturando a inovação, a ideia da inovação para toda a sociedade, buscando conectar governo, academia, sociedade em geral, a indústria, o serviço, ou seja, os diferentes segmentos sociais – afirmou a presidente da Acafe e reitora da Unesc, Luciane Ceretta.
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Segundo ela, a Acafe foi escolhida para liderar esse projeto porque conta com 14 instituições de ensino superior presentes em 56 municípios. São universidades comunitárias, sem fins lucrativos, todas conectadas aos centros de inovação.
Entre as autoridades que falaram no evento de lançamento, o presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Diego Ramos, chamou a atenção para a importância de pensar grande ao setor de tecnologia. Lembrou do discurso que fez quando assumiu a presidência da entidade, quando disse que SC precisa ter WEGs no setor de TI, numa referência à multinacional de Jaraguá do Sul, SC, que é uma das líderes globais em motores elétricos, soluções de automação industrial e energia limpa.
– A expectativa é de que com esse programa possam vir mais recursos para os 15 centros de inovação que a gente tem no Estado para que a gente possa fortalecer, cada vez mais, o desenvolvimento de empresas de base tecnológica nas mesorregiões de Santa Catarina. O que a gente quer é que o jovem possa permanecer nas suas cidades, impactando os negócios das suas famílias, nas suas comunidades – destacou Diego Ramos.
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