O governo de Santa Catarina tem um patrimônio estimado em cerca de R$ 7 bilhões em imóveis – edificações e terrenos – e vem fazendo estudos para definir um destino para esse capital pouco utilizado. O assunto foi citado pelo governador Carlos Moisés da Silva na entrevista de segunda-feira. Segundo ele, entre as opções analisadas estão a venda para obter recursos e investir em áreas mais necessárias ou até criar um fundo imobiliário.
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Solicitei mais informações com o diretor de Gestão Patrimonial da Secretaria de Estado da Administração, Welliton Saulo da Costa. Ele disse que foi iniciado um trabalho ano passado com o levantamento dos bens imóveis. Avança neste ano com a contratação de engenheiros e técnicos em Agrimensura para fazer a reavaliação e georreferenciamento destes imóveis. Ao mesmo tempo, a Secretaria está realizando o uso eficiente destes imóveis, ou seja, estruturas que anteriormente funcionavam em locais que eram locados, agora estão sendo remanejados para espaços que são próprios do Estado.
Além disso há um plano de alienação de imóveis que já foram analisados e podem ser vendidos nas modalidades de leilão e concorrência nos próximos anos. Hoje à tarde, por exemplo, a secretaria de administração realiza um leilão de oito imóveis de diversos municípios do Estado, com o qual pretende alcançar um valor de R$ 1,3 milhão.Também está sendo elaborado um projeto de privatização do Sapiens Parque e há planos de concessões e Parcerias público-privadas para o terminal rodoviário Rita Maria, atividades do entorno da Ponte Hercílio Luz entre outros.
Comércio exterior
O mundo está apreensivo com os efeitos do conflito entre Estados Unidos e Irã, que podem resultar em aumento de combustíveis e menos negócios internacionais. Santa Catarina tem negócios com o Irã, embora não expressivos. Mas até empresas de tecnologia já exportam ao país asiático.
Os dados da balança comercial catarinense divulgados nesta semana mostram que o Estado fechou o ano passado com uma retração de 4,57% nas exportações frente a 2018. A receita com as vendas externas alcançou US$ 8,8 bilhões de dólares. As importações cresceram 9,29% e atingiram US$ 16,9 bilhões.
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O que levou ao resultado negativo foi a queda das exportações de soja, que foi o terceiro produto mais importante da balança comercial catarinense e teve uma retração de vendas de 31,5%. Esse resultado foi influenciado principalmente pela menor participação da china como compradora, e grande safra no Uruguai que comprava de SC.
E os destaques positivos foram o crescimento das exportações de carne suína e de frango, para a china, que enfrenta crise sanitária. As vendas externas de carne suína cresceram 35% no ano passado, e de carne de aves avançaram 2,12%. Um resultado menor do que o esperado, mas bom. Nas importações, o destaque nos nossos portos foram as compras de automóveis da Argentina.