Ao empossar o novo presidente da Casan, Laudelino Bastos, nesta sexta-feira, o governador Jorgino Mello enfatizou que a meta da gestão dele é, em quatro anos, elevar para 50% a média de tratamento de esgoto sanitário em Santa Catarina, que hoje está em 25%. Segundo o governador, essa aceleração de investimentos será alcançada com a participação da iniciativa privada, dentro dos modelos permitidos pelo novo marco do saneamento. O evento foi realizado com a participação de autoridades e prefeitos no auditório da Associação Empresarial de Florianópolis (Acif).

Continua depois da publicidade

-Vamos manter uma empresa pública, mas buscaremos investimentos além do que ela pode captar – disse o governador, destacando as alternativas de participação privada.

Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

Segundo o governador, no caso dos municípios que estão com a Casan, o objetivo é oferecer serviços de qualidade, atender as demandas, para que eles continuem com a companhia. Além disso, o plano é criar um escritório de assessoria para atender também empresas municipais de saneamento para que também possam ampliar investimentos. Isso tem como base o fato de que a Casan é a companhia catarinense com maior expertise no tratamento de água e esgoto.

Para o novo presidente, o modelo de parceria público-privada que melhor pode acelerar os investimentos no setor é o de locação de ativos, já adotado com sucesso por companhias que são referência no setor, como a Sabesp, de São Paulo, e a Sanepar, do Paraná.

Continua depois da publicidade

O projeto inicial será com quatro unidades em Florianópolis para, depois, ser difundido em outras cidades. A Casan vai criar um departamento de assessoria e de projetos para colaborar também com empresas de 101 cidades que detém esses serviços,

– O modelo de locação de ativos funcionará da seguinte forma: a Casan faz um edital de licitação para contratar uma empreiteira que cria uma Sociedade de Propósitos Específicos (SPE). Essa SPE constrói uma estação de tratamento de esgoto e cobra o serviço na forma de aluguel. No final do período de locação de 20 anos, a Casan recebe o sistema de volta como se tivesse amortizado – explica Laudelino Bastos.  

Um dos pontos destacados pelo novo presidente é que, com investimento privado, será possível alcançar maior percentual de cobertura de serviços rapidamente. Florianópolis, por exemplo, em cerca de seis anos, terá 90% de tratamento de esgoto, a meta exigida pelo novo marco regulatório do setor em 2033.

Além das quatro estações de tratamento projetadas por locação, o município conta, atualmente, com quatro unidades em obras, que ficarão prontas a partir de meados deste ano. São os projetos de João Paulo, Ingleses, cabeceira da ponte e Sul da Ilha.

Continua depois da publicidade

Atualmente, a Casan atende 194 municípios catarinenses, que juntos contam com uma população de 29 milhões de pessoas. Atende 100% da demanda por água tratada nas cidades em que atua, por meio de 334 estações de tratamento, 175 mananciais superficiais de águas, 435 mananciais subterrâneos. A companhia conta, também, com 44 estações de tratamento de esgoto.

Leia também

Edgard Usuy assume Planejamento no governo de Jorginho Mello

Jorginho detalha reforma administrativa de SC e anuncia redução de 12% de funções e cargos

Risco de gripe aviária motiva prevenção e causa incertezas ao setor agroindustrial

Convenção de operadora de turismo é aposta para promover o destino catarinense