Primeira agenda do novo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, nesta segunda-feira, no início dos trabalhos, é reunião com o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, para falar sobre a situação financeira. A expectativa era de que, a partir de hoje, seriam divulgados dados sobre o que a equipe de transição apurou sobre a gestão financeira passada e como ficaria a partir de agora. Mas a decisão, neste domingo, foi fazer mais análises e divulgar mais adiante essas informações.
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– Ao longo de três semanas de trabalho a gente conseguiu fazer uma leitura inicial, buscar informações. Naturalmente, algumas delas eu já passei ao governador. A partir de amanhã, com a equipe montada, a gente vai se aprofundar nesse diagnóstico e fazer uma apresentação bastante didática para o governador compreender o que é o Estado, como está a situação e qual é o planejamento que pensamos para o futuro para ele poder fazer as suas validações e encaminhamentos. Isso deve acontecer ao longo desta semana – explicou Cleverson Siewert.
Em entrevista para a Rádio CBN Floripa, após a posse na Assembleia Legislativa, com as participações dos colunistas Renato Igor, Dagmara Spautz, Anderson Silva e eu, o secretário revelou mais sobre as análises que a nova equipe vem fazendo. Disse que o governo anterior teve recursos extras vindos do governo federal, além das receitas normais e gastou tudo.
– A forma como os recursos foram gastos não podemos questionar. Isso não diz respeito a nós. Mas isso faz parte do processo de gestão. Quando a gente olha e mostra um Estado super em dia, é verdade, mas fruto de umas questões que estão fora do processo de gestão específica do Estado e que, de agora em diante, nós vamos precisar administrar diferente porque isso não vai mais acontecer. Então, essa é a principal leitura que a gente vai fazer e naturalmente, quer dividir com todos vocês para que tenham uma noção clara de como será daqui para a frente – explicou o secretário para a CBN.
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A principal pressa do governador Jorginho Mello é para iniciar as cirurgias eletivas, visando reduzir filas de espera. Na Lei Orçamentária Anual (Loa) estão previstos mais de R$ 600 milhões para hospitais. Para o secretário da Fazenda, haverá recurso para começar esse trabalho agora. Ele lembra que o orçamento da saúde, no último ano, ficou na casa de R$ 4 bilhões, a R$ 5 bilhões no último ano. As demandas da área são muitas, será necessário ver como fazer a gestão.
-O orçamento do Estado, de R$ 44 bilhões, é uma questão de priorização. Então, dinheiro vai ter. O governador vai dar a linha dos projetos prioritários. Cabe a nós, como equipe executiva, encontrar a forma de fazer isso. A minha leitura é de compromisso com o que o governador quer. Vai ter dinheiro para tudo? Acho que nem em Santa Catarina, nem em São Paulo, nem no Brasil. As demandas sempre serão maiores que a capacidade financeira. Cabe a nós articular isso da forma mais inteligente possível para fazer o Estado caminhar dentro do que o governador tem como meta – disse Cleverson Siewert.
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