Enquanto o presidente Jair Bolsonaro gera crescente preocupação ao agronegócio por causar insegurança sobre a preservação da Amazônia, a equipe econômica procura executar as propostas liberais prometidas na campanha. Em evento de premiação do jornal Valor, terça à noite, em São Paulo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou que o plano do governo é privatizar 17 empresas, mas o que movimentou mesmo o mercado foi a informação de fonte do governo de que até o final do mandato a Petrobras também deve ser privatizada.
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É crescente o número de brasileiros que concordam com a privatização da Petrobras porque, como tudo na política brasileira, uma hora uma estatal está bem administrada e em outra é quebrada por má gestão ou corrupção. Caso o governo opte mesmo pela privatização, deve zelar pela concorrência antes porque tanto o monopólio público quanto o privado são maléficos. Ao consumidor, é necessária uma concorrência que funcione. Hoje, na prática, o consumidor brasileiro paga preço internacional de combustíveis e enfrenta pesada carga tributária, perto de 45%. Com mais concorrência, os preços podem cair.
Todas as 17 empresas listadas para privatização pelo governo podem prestar serviços competitivos sem serem estatais. Em SC, o governador Carlos Moisés já mostrou que não é privatista. Planeja poucas concessões, entre as quais as da Estação Rodoviária da Capital e de centros de eventos.