Superar os estragos das enchentes é o maior desafio de Santa Catarina neste fim de ano. Uma das áreas mais afetadas é o agronegócio, com estimativas de perdas superiores a R$ 5 bilhões, ressaltou o governador Jorginho Mello em entrevista ao Bom Dia SC, da NSC TV, nessa sexta-feira. Uma das ajudas é crédito por meio do Pronampe Agro Emergencial.  

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– Perdemos safras que estavam estocadas, lavouras que foram levadas embora e foi perdido o tempo de replantar. Então, este ano, na agricultura, será um ano praticamente perdido. Nós já temos mais ou menos um levantamento, que passa de R$ 5 bilhões o prejuízo na agricultura. Isso, infelizmente, vai vir nos preços do tomate, arroz e feijão do ano que vem – disse Jorginho Mello.

Segundo ele, o programa Pronampe agrícola (denominado Pronampe Agro Emergencial) está em implantação. Os produtores interessados podem se inscrever por meio dos escritórios da Epagri nas suas cidades ou regiões para solicitar essa ajuda e dos demais programas voltados ao agronegócio.  

Jorginho Mello concede entrevista ao Bom Dia SC, nesta sexta-feira (Foto: Estela Benetti)

O Pronampe tem linha de crédito de até R$ 50 mil para custeio e de até R$ 100 mil para investimento. Além disso, outra ajuda do Estado é o pagamento de 50% do juro do financiamento do Pronaf (programa agrícola federal). O custo do juro é em torno de 6% e a Secretaria de Agricultura paga a metade disso, 3 pontos percentuais.

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Para ajudar o agro afetado pelas enchentes, o Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, lançou, no Programa Recupera SC, cinco medidas.

A lista inclui Pronampe Agro Emergencial, prorrogação de parcelas do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), Reconstrói SC, indenização de animais mortos e ampliação do Programa Terra Boa.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Valdir Colatto, por enquanto, dois desses programas estão recebendo mais demanda. É o Reconstrói SC e a indenização por animais mortos.

– A demanda é grande pelo Reconstrói SC. Ele prevê R$ 12 mil por família, com devolução de 50%, sem juros, em cinco anos. É para investimentos em casos de perda de benfeitorias e somente para pequenas propriedades, aquelas que são enquadradas no Pronaf – explica do secretário.

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Sobre indenização de animais mortos, o Estado já recebeu pedido para compensar 250 cabeças. Isso inclui bovinos, suínos e aves especiais, normalmente com genética diferenciada.

Além disso, a secretaria também tem recebido pedidos de indenizações de caixas de abelhas. O setor de apicultura, que trabalha com abelhas especiais, tem recebido de R$ 100 a R$ 150 por caixa de abelhas perdida.

Até agora, a secretaria recebeu pedido para indenizar a perda de 250 caixas. A indenização está sendo concedida porque a apicultura garante renda de famílias no Estado.  

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