Nunca um catarinense chegou tão perto de ser eleito presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O vice-presidente da entidade e ex-presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Glauco José Côrte, representante da Região Sul, é um dos dois vices mais cotados para a eleição desta quinta-feira, que escolherá um presidente temporário para atuar, a princípio, até o fim do afastamento de três meses determinado pela Justiça ao atual presidente, Robson Andrade.

Continua depois da publicidade

O outro cotado é o representante da região Centro-Oeste, Paulo Afonso Ferreira. Também podem ser eleitos o vice do Sudeste, Paulo Skaf, e da Região Norte, Antônio Carlos da Silva.

O voto catarinense é do presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, que viajou quarta-feira à noite a Brasília. Ele disse que se Côrte for um dos candidatos, votará nele, é claro. Além de estar preparado, é o mais velho, o que dá preferência em determinadas eleições. Mas uma tendência da entidade é optar por uma candidatura única, de consenso que, pode ser de Ferreira.

– O vice-presidente Glauco José Côrte é do nosso Estado, tem competência, experiência e o trabalho dele é reconhecido na CNI. Ele tem plenas condições de ser um bom presidente da confederação e um bom interlocutor para defender o Sistema S – comentou Aguiar.

Na opinião de Aguiar, o lema do governo federal Menos Brasília mais Brasil pode significar menos corte ao sistema S de Estados, onde há comprovada eficiência na educação técnica e inovação.

Continua depois da publicidade

Articulação

O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, conseguiu visitar nas últimas semanas 15 dos 16 representantes de SC na Câmara federal e os três do Senado.

– Buscamos uma aproximação porque podemos colaborar com a gestão deles e há vários projetos tramitando de interesse da indústria. Somos um dos Estados mais industrializados do Brasil, exportamos e importamos muito. Respondemos por 27% da riqueza estadual e por 34% dos empregos diretos. SC precisa de uma logística diferente, por isso tem que entrar no Plano Nacional de Logística – argumentou Aguiar.