Maior geradora de energia hidrelétrica do mundo e líder em energia renovável na Europa, a multinacional norueguesa Statkraft, que no Brasil tem sede em Florianópolis, Santa Catarina, anunciou acordo para adquirir a espanhola Enerfín. O negócio, de 1,8 bilhões de euros (R$ 9,62 bilhões) vai incluir para a empresa no Brasil nove parques eólicos e projetos em construção.

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A Enerfín pertence ao Elecnor Group e conta com 1,5 GW em operação, além de projetos na Espanha e no Brasil. Por isso, com essa aquisição anunciada nesta sexta-feira (17) a Statkraft vai chegar a 2.0 GW de geração no Brasil, alcançando a terceira posição entre os maiores geradores de energia no país.

Os nove parques eólicos em operação da Enerfín no Brasil somam 632 MW. Estão baseados no Rio Grande do Sul e no Rio Grande do Norte. Além disso, projetos eólicos em Pernambuco, em fase de construção, vão gerar 68 MW.

O presidente da companhia no Brasil, Fernando De Lapuerta, destaca que essa aquisição fortalece os planos de expansão da empresa em nível global.

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– A transação confirma, mais uma vez, o nosso comprometimento com o mercado brasileiro. O país é estratégico para nós e planejamos continuar atuando para contribuir com uma matriz brasileira cada vez mais renovável. Este ano vem sendo muito positivo em aquisições e projetos em construção. Para 2024, um dos nossos focos principais será a integração das atividades da Enerfín com a nossa empresa – explica Lapuerta.

A Statkraft registra expansão acelerada este ano no Brasil por meio de aquisições e também projetos próprios. Ela adquiriu em agosto dois parques eólicos da EDP Renováveis, situados no Rio Grande do Norte. Também adquiriu 18,69% do capital da Statkraft Energias Renováveis (SKER), que pertencia à Fundação dos Economiários Federais (Funcef).

Em geração fotovoltaica, a companhia conseguiu aprovação de sete outorgas de projetos solares na Bahia junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Eles somam capacidade instalada de 228 MW.

A empresa explica que eles funcionarão em formato híbrido, com os atuais Complexos Eólicos de Brotas de Macaúbas, Morro do Cruzeiro e Ventos de Santa Eugênia. Este Ventos de Santa Eugênia, que está em fase final de obras, é o maior empreendimento da empresa fora da Europa.

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