Diante da falta de ações concretas do governo federal para conter queimadas em diversos biomas brasileiros, em especial a Amazônia, e de outros problemas que afetam o meio ambiente e a imagem do país, mais empresas estão se envolvendo na preservação. É o caso da BRF, gigante catarinense de proteína animal, dona da Sadia, Perdigão e Qualy, que acaba de se tornar membro da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

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Fundada em 2015 por entidades do agronegócio e organizações civis, a Coalizão, que defende desenvolvimento econômico com baixo impacto ambiental, ganhou adesões de peso recentemente. Os três maiores bancos privados do país – Itaú, Bradesco e Santander – também se tornaram membros. O grupo já conta com mais de 250 integrantes. 

A BRF desenvolve há tempos projetos com focos na sustentabilidade. Em 2019, a companhia investiu R$ 150 milhões em iniciativas como manejo florestal, tratamento de efluentes e destino correto de resíduos sólidos. Um passo importante foi em 2007, quando a Sadia se tornou signatária do Pacto Global da ONU, que é voltado à promoção de valores fundamentais em meio ambiente, direitos humanos e medidas anticorrupção. Depois, como BRF, passou a integrar o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, a bolsa brasileira e, em 2015, foi pioneira na América Latina na emissão de Green Bonds no exterior.

Para reforçar esse trabalho voltado à preservação, a BRF e outras empresas do agronegócio estão desenvolvendo campanhas e investindo em projetos concretos. Etnre os que também integram a Coalizão estão a JBS, WestRock e Klabin, multinacionais com forte presença em SC.

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A expectativa é de que esse movimento ajude a reverter a atual fase negativa do país na área ambiental. Que colabore no convencimento do governo de que é preciso investir mais na preservação e, também, que tome medidas concretas para melhorar a imagem do país no exterior nessa área sensível.