Movimento que reúne eventos de tecnologia, turismo e economia criativa, o Floripa Conecta será realizado de 4 a 14 de agosto em diversos locais da cidade. Segundo o diretor-executivo Thaynan Mariano, serão cerca de 40 eventos que vão atrair mais de 30 mil pessoas, numa iniciativa de instituições públicas e privadas.

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A abertura, nos dias 4 e 5, será com o Startup Summit, um dos maiores congressos de tecnologia do Brasil, promovido pelo Sebrae, em parceria com a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) e a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif). Vai reunir 5,5 mil participantes no Centrosul.

Conforme Mariano, o objetivo do Floripa Conecta é movimentar a economia no mês de baixa temporada turística, incluindo também shows, eventos culturais, e outros. Segundo ele, parte dos eventos ainda necessita de patrocinadores. Assim, vai impulsionar o próprio ecossistema de tecnologia e inovação, com atração de mais empresas.

Convocado para liderar o Floripa Conceta 2022, Mariano é um dos promotores de eventos de tecnologia no município. Ele produz o Stum Games Festival, um dos principais eventos de games do Brasil, que este ano reuniu mais de 1,5 mil pessoas nos dias 16 e 17 deste mês, em Florianópolis. Saiba mais sobre o Floripa Conecta na entrevista de Mariano a seguir:

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O que é o Floripa Conecta e por que a realização em agosto?

O Floripa Conecta é um hub de eventos que une turismo, tecnologia e economia criativa. Acontece em agosto principalmente porque é nosso mês de baixa temporada turística. A gente pensa em apoiar o desenvolvimento econômico da cidade. Temos turistas que vêm no período de verão, mas na nossa baixa temporada não temos muitas atrações, nossas praias estão frias e, à noite, dá uma diminuída no movimento. 

Então, escolhemos agosto para fazer o Floripa Conecta, com essa mistura que tem na economia criativa unindo principalmente os principais PIBs da cidade, que são o turismo e a tecnologia. Junta eles e cria o movimento Floripa Conecta com todos os produtores independentes. 

O Floripa conecta não é um evento, ele é um movimento onde os produtores de eventos se conectam para entrar nessa agenda de 10 dias.

Serão quantos eventos nesta edição e qual o público esperado?

Temos trinta e três eventos confirmados até agora. Temos alguns subindo. Então, eu diria que até esta sexta-feira teremos quarenta eventos. Acreditamos que teremos, facilmente, mais de 30 mil pessoas participando de todos esses eventos.

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Qual será o maior evento dentro do Floripa Conecta?

O maior é o Startup Summit, que acontece nos dias 04 e 05 de agosto no Centrosul. Será a abertura do Floripa Conecta com parceria do Sebrae/SC, Acate (Associação Catarinense de Tecnologia), Acif (Associação Empresarial de Florianópolis). Esse evento vai unir 5,5 mil pessoas do setor de tecnologia, como empreendedores, pessoal de startups e inovação. Desse público, 60% vêm de fora. É o que dá retorno ao nosso turismo aqui, incluindo a rota da inovação e a Acate.

Dentro desses cerca de 40 eventos, pode citar alguns que chamam mais atenção?

Vamos ter o Festival de Luzes, com projeções em prédios e um passeio de drones no céu da cidade. Acho que isso é um dos eventos mais diferentes nessa edição. Teremos a Orquesta de baterias que não é novidade, mas que é diferente. 

Vai unir diversos bateristas para fazer o seu ensaio principalmente para o evento de outubro. O PopPride Festival, no Stage Music Park terá show da Pabllo Vittar. É um evento curioso já que vamos ter tecnologia, inovação e economia e esse será puramente de música que une muitas diversidades. 

Também teremos um evento de games nos dias 06 e 07 no Floripa Airport organizado pela Confederação Brasileira de Games e Esports. E também destaco o Alma Festival, um evento legal também de música que será quase que itinerante porque acontecerá em dois ou três lugares da cidade.

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Floripa Conecta é a maior iniciativa no Brasil nessa convergência de eventos
Floripa Conecta é a maior iniciativa no Brasil nessa convergência de eventos (Foto: Gabriel Vanini)

Como está a questão de apoio financeiro aos eventos? Há necessidade de mais patrocinadores?

Temos eventos bastante consolidados que estão indo para mais de uma edição e estão completamente resolvidos. E há eventos que precisam de patrocínio como aqueles que estão nas suas primeiras edições. A própria desmobilização durante a pandemia prejudicou. 

Teve eventos que aconteceram em 2019 que não vão acontecer em 2022 porque simplesmente morreram por conta da pandemia. O produtor parou de produzir e está trabalhando em outro setor dentro da economia criativa. Não conseguiu segurar as contas para poder retomar essa atividade. Vários precisam de patrocínio principalmente para fechar a contas.

Como o senhor vê o futuro do Floripa Conecta?

Parece ser bem brilhante porque essa edição nasce depois dessa loucura da pandemia. É a segunda edição, mas o que estamos desenhando para as próximas edições é, além das entidades, ter as grandes empresas patrocinando. Isso vai passar por uma capacitação de patrocinadores. 

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Queremos trazer a Ambev, Vale e também as grandes empresas de Santa Catarina, entre outras. O retorno de mídia nesses eventos é muito grande. Temos exposição em outdoor, mídia em ponto de ônibus, TVs e em outros veículos. Os canais de comunicação entram também com parceiras comerciais, mais tem muita mídia orgânica. O Floripa Conecta foi inspirado o SXSW e em um evento no Brasil, o Hachthon.

Como o SXSW, evento dos EUA, inspira o Floripa Conecta?

O SXSW é um evento que começou trinta anos atrás, em Austin, no Texas, com cinema, games e inovação. Então, sempre no mês de março o mundo voa para Austin e as empresas de tecnologia vão lá montar suas casas e festivais. Ali se juntam as mentes mais criativas do mundo. 

Existem os centros de exposição e as empresas locam espaços próximos. Em 2019 fomos para buscar inspiração. Mas nos falaram lá para fazer do nosso jeito porque a cidade de Florianópolis já é criativa. O futuro do Floripa Conecta vai ser dos criativos de tecnologia e atrairá cada vez mais empresas.