A virada de ano de 2023 para 2024 vai entrar para a história de Florianópolis como o primeiro ano das últimas décadas sem um amplo espetáculo de fogos de artifício. Um show de drones e cascata de fogos na Ponte Hercílio Luz substituíram os fogos na Baía Norte para evitar problemas a quem tem sensibilidade como crianças altistas, idosos e animais.
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Cidade com projeção turística internacional, Florianópolis se torna referência mundial em Réveillon inclusivo, mas pode avançar mais seguindo esses propósitos.
A capital catarinense virou referência internacional nessa questão do barulho em 2024 porque as cidades em torno do mundo que fazem sempre espetáculos pirotécnicos com fogos, repetiram esses eventos este ano. Foi assim em Tóquio, Sidney, Berlim e Londres, por exemplo.
Também no Brasil foi assim em quase todos os lugares. Em Santa Catarina, o destaque foi Balneário Camboriú, que é referência nesse espetáculo há mais de 30 anos, e o Rio de Janeiro. Novidade foi Cabo Frio, no Rio de Janeiro, que por nova lei municipal com o mesmo objetivo da aprovada na capital de SC acabou tendo um Réveillon sem fogos para cerca de 1,4 milhão de pessoas.
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Florianópolis fez um grande esforço pela mudança, mas pode melhorar seu Réveillon. Isso porque, embora a nova lei municipal seja abrangente ao proibir toda e qualquer explosão de fogos e rojões (esses que só fazem barulho), os estouros em diversos bairros da capital e região começaram ainda na manhã de domingo (31) e seguiram até a manhã de segunda (01). Isso fez muitas pessoas e animais continuarem sofrendo.
Outro fato é que o espetáculo tecnológico atraiu muita gente que veio ver como seria essa iniciativa diferente. Mas muitos esperavam mais, sentiram a falta do grande espetáculo de fotos nos céus a Baía Norte da cidade.
Isso pode ser repensado. Seria possível ter novamente um espetáculo de fogos silenciosos, ou menos barulhentos, por 10 a 15 minutos na virada do ano? Assim seria possível agradar a todos, inclusive quem é sensíveis a sons muito altos? Os fogos que emitem menos barulho são mais caros.
Outro fato importante é estudar medidas para controlar esses lançamentos de fogos e rojões por pessoas pelo simples fato de fazer barulho na virada do ano ou quando times de futebol vencem jogos.
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Não adianta restringir o espetáculo da virada se pessoas seguirem com essas práticas nos seus bairros. Como é uma região metropolitana, a legislação deveria ser a mesma para todos os municípios regionais.
A mudança nessa virada de ano realizada por Florianópolis foi corajosa e é referência. Mas pioneirismo sempre requer mais ajustes. Falta um ano para o próximo Réveillon. A expectativa é de que avanços serão definidos, quem sabe incluindo cidades vizinhas nesse foco de ter menos barulho.
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