Reconhecida cada vez mais como cidade referência em tecnologia e inovação por ter um ecossistema jovem e diversificado nesse setor, Florianópolis pode ir muito além com base nesse diferencial. Um dos novos passos é se tornar uma cidade inteligente de fato, dentro dos critérios das smart cities. Para ajudar nesse desafio possível, a Câmara de Tecnologia e Inovação da Fecomércio-SC elaborou um estudo que divulgou quinta-feira, dia 30, denominado Smart Floripa 2030: Transformando Florianópolis numa Cidade Inteligente de Inovação.
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O plano é transformar a cidade até 2030, informa a coordenadora do trabalho, a presidente da câmara da federação, Jamile Sabatine Marques. O estudo, iniciado em 2018, foi feito em parceria pela UFSC, USP, Queensland University of Technology, da Austrália, prefeitura de Florianópolis, Sebrae-SC, governo do Estado, FloripAmanhã e Instituto Lixo Zero.
> Como transformar Florianópolis numa cidade inteligente até 2030
Para Jamile Marques, essa transformação da cidade requer participação decisiva dos empreendedores.
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– As empresas podem contribuir utilizando a cidade como um laboratório vivo, testando tecnologias na cidade e a cidade permitindo isso. É um ganha, ganha para empesas, a sociedade e governo – afirma Jamile.
> Rodoviária de Florianópolis será concedida à iniciativa privada em 2021
A presidente da câmara da Fecomércio defende também a participação feminina para trazer um novo olhar à inovação. Para Florianópolis, cidade que enfrenta a maior taxa de desemprego do Estado em função da pandemia, essa é mais uma iniciativa que chega em boa hora.
A caminho para ser smart city
No evento virtual de lançamento do estudo, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, disse que algumas ações que levam a Capital para uma futura smart city já estão acontecendo. Citou a Escola do Futuro, no sul da Ilha de SC, que oferece, além do currículo previsto, aulas de robótica, tecnologia e inovação. Afirmou que o sistema de transporte da cidade, com o aplicativo Floripa no Ponto usado por mais de 80 mil pessoas e sistemas digitais de monitoramento, foi o único que permitiu implantar protocolos para prevenção à Covid-19. Outro diferencial importante foi a mudança da legislação para que empreendedores possam registrar startup no endereço residencial.
– Quando a gente permitiu que startups pudessem ter endereço na própria residência, a gente evitou que muitas empresas saíssem do município pelo custo de pagar um ambiente comercial para poder registrar a empresa – disse o prefeito.
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O presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, afirmou que a entidade é parceira nesse projeto, para integrar a quadupla hélice da inovação, composta pelas universidades, governos, empresas e a sociedade visando tornar Florianópolis uma cidade inteligente. Para ele, uma das apostas da cidade para ser uma smart city é a renovação do centro histórico, levando para a região empresas de tecnologia.
– Em parceria com a prefeitura, estamos aguardando a possibilidade de abrir museu na Casa de Câmara e Cadeia. Acho que resgatar o Centro Histórico de Florianópolis faz parte dessa movimentação porque a cidade tem muita história, uma riqueza cultural muito grande e é importante recuperar isso – disse Breithaupt, ao observar que o projeto ainda não foi inaugurado em função da pandemia.