Primeiro catarinense a ser recenseado, o prefeito de  Florianópolis, Topázio Neto, foi também o primeiro líder público de Santa Catarina a receber os dados municipais pioneiros do Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Capital de SC chegou a 537.213 habitantes, com crescimento de 27,5%, o que ajudou a elevar a média do Estado, mas sinaliza para a gestão municipal maior demanda de serviços de educação, saúde e moradia, alerta o prefeito.

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Os dados foram apresentados ao executivo municipal no final da manhã por equipe do IBGE, liderada pelo superintendente da instituição em SC, Roberto Kern Gomes. Além do prefeito Topázio Neto, participaram a coordenadora de Projetos Especiais, Zena Becker, o secretário de Planejamento e Inteligência Urbana, Michel Mittmann, o secretário de Turismo, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Juliano Richter Pires e outras autoridades.

Florianópolis tem 7% da população catarinense e foi o município do Estado que mais cresceu em números absolutos, com 115,9 mil habitantes a mais. Teve taxa anual de crescimento de 2,05% no período. Outro dado destacado pelo IBGE foi o da Região Metropolitana da Capital, que chegou a 1.326.903 habitantes, com crescimento de 17,4% e 332.808 a mais pessoas.

– Esse crescimento populacional que alcançamos é resultado da qualidade de vida que a cidade vem implementando ao longo dos últimos 10 anos. É reconhecida nacionalmente como a capital mais segura, saudável, com crescimento econômico, onde as pessoas são bem acolhidas, têm valorização imobiliária. Isso faz com que as pessoas queiram morar aqui – observa o prefeito.

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Mas, ao mesmo tempo, ele reconhece que crescer impõe responsabilidade ao gestor público de dar atenção a essas pessoas que chegaram. Por isso, a prefeitura está avaliando e vai esperar dados específicos por bairros para ver onde terá que investir mais em escolas, creches, saúde e moradia. O município obteve novo financiamento para construir mais escolas onde a demanda está maior. Segundo ele, o novo plano diretor vai ajudar na construção de imóveis com valor mais acessível.

Zena Becker avalia que esse crescimento da cidade oferece desafios e oportunidades. Enquanto em alguns bairros existe a necessidade de investir em mais equipamentos para serviços públicos, uma boa parte das pessoas que vêm para morar em Florianópolis tem alta renda. Essas são  consumidoras de serviços privados nas áreas de qualidade de vida, o que aumenta a oferta de empregos.

– Não temos ideia de quando teremos todos os dados do Censo, mas espero que até o final do ano tenhamos dados mais qualitativos, incluindo os econômicos. As próximas divulgações serão sobre população indígena, população quilombola e população das favelas, que o IBGE chama de aglomerados subnormais – disse o superintendente do IBGE, Roberto Kern.

Ele destacou também que o instituto fez novos registros digitais sobre populações, exatamente onde estão as residências, o que ajuda a fazer atendimentos em alguns casos, incluindo situações de catástrofes, como soterramento de casas.  

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