Com belezas cantadas em versos e um dinâmico setor de tecnologia e inovação, Florianópolis, já conhecida como “Ilha do Silício”, se consolida também como ilha de oportunidades para trabalhar. A renda média do município, que completou nesta quinta-feira 350 anos, é 77% superior a do Brasil.

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Diversos números mostram crescimento, mas o que resume é o resultado prévio do novo Censo do IBGE. De 421 mil habitantes em 2010, agora são 574 mil, 36,6% mais ou um acréscimo de mais 150 mil pessoas em 12 anos.

Nesse período, teve o crescimento normal da cidade, mas milhares são migrantes. Vieram para trabalhar ou simplesmente para residir num local com natureza esplêndida e muitas praias. São mais de 40 somente na ilha.

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Considerando a população com trabalho formal, a maioria atua nos setores de serviços e comércio, incluindo setor público, tecnologia e setor de saúde.

Segundo o IBGE, a renda média dos trabalhadores formais do município em 2020 era de de 4,4 salários mínimos, o equivalente hoje a R$ 5.729, sendo a maior renda média do Estado e a 14ª maior do Brasil.

Mas segundo dados mais recentes, do quarto trimestre de 2022, apurados pela Pnad Trimestral do IBGE, considerando rendimento mensal de todos os trabalhadores, a renda média de Florianópolis é de R$ 4.979.

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Esse valor é 58% maior que o rendimento médio de Santa Catarina, que em dezembro era de R$ 3.146; e 77% superior à renda média do Brasil, que estava em R$ 2.808 no mesmo período.

Pessoas caminham à noite na Beira-Mar de Florianópolis Foto: Divulgação

Apesar da renda média alta, a capital catarinense também enfrenta pobreza. Segundo o IBGE, em 2020, as pesquisas apuraram que Florianópolis tinha 24,6% da população que vivia com até meio salário mínimo por mês.

Se essa média se manteve, considerando a população do novo Censo, de 574 mil pessoas, em 2022 a capital tinha 141 mil moradores com renda per capita de até meio salário mínimo.

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Além disso, o prefeito Topázio Neto falou em evento esta semana que o município tem cerca de 20 mil pessoas em condições de pobreza, que necessitam de atenção especial. Segundo ele, essa é a Floripa invisível.

Mas a Floripa visível tem atraído cada vez mais pessoas de outras cidades catarinenses, outros estados e do exterior. Elas vêm fixar residência na cidade para trabalhar ou empreender num local com qualidade de vida.

Chama a atenção um perfil de morador mais recente, que atua no setor de tecnologia local ou de qualquer lugar do mundo, mas tem foco em qualidade de vida.

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Pode trabalhar em home office, mas faz questão de praticar esportes ao ar livre e de ter uma alimentação tipo mediterrânea, com mais frutos do mar.

Um jovem de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, que é contratado por multinacional dos Estados Unidos para trabalhar em home office para empresa de software da Alemanha, me contou que mudou para Florianópolis para poder pedalar todos os dias à beira-mar. Este é um estilo de vida da “Ilha do Silício” que ganha cada vez mais adeptos.

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