Alagamentos em ruas de Florianópolis resultam principalmente da falta de drenagem para águas de chuvas. Para enfrentar o problema, a prefeitura desenvolve projetos atualmente com investimentos acima de R$ 120 milhões, mas para atender as necessidades dos principais bairros da cidade, seriam necessários investimentos da ordem de R$ 800 milhões, estima o secretário municipal de Infraestrutura, Valter José Gallina.
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Drenagens, a exemplo de rede de esgoto, têm recebido poucos investimentos em Santa Catarina, nas últimas décadas porque são obras que não aparecem, por serem debaixo da terra.
De acordo com o secretário Gallina, o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, está investindo porque reconhece a importância para a qualidade da cidade. Os projetos começaram na gestão de Gean Loureiro e seguem agora, observa ele.
– A falta de drenagens é um grave problema que a gente enfrenta. Antigamente, os loteamentos eram liberados de forma errada. O loteador lançava projetos sem a mínima infraestrutura, sem drenagem, a prefeitura aceitava esse loteamento assim e o comprador adquiria lote porque era mais barato. Sobrou para quem resolver o problema? Para quem aceitou receber o loteamento dessa forma: a prefeitura. Hoje ela não aceita mais nessas condições – explica o secretário.
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Mas diante das constantes chuvas acima da média que resultam em alagamento de parte do município, a prefeitura tem o desafio de fazer drenagens, sempre priorizando os locais que alagam mais. Para atender de forma satisfatória, serão necessários alguns anos e projetos milionários.
Entre os projetos em andamento hoje está a macrodrenagem da rua Travessão, no Bairro Rio Vermelho, Norte da Ilha de SC, onde estão sendo investidos R$ 34 milhões, em duas obras, incluindo diversas ruas. Outra macrodrenagem em execução é no bairro Campeche, Sul da Ilha, que também envolve diversas ruas.
Conforme Gallina, nesta quarta-feira, o prefeito Topázio Neto vai autorizar projeto para pavimentação de 36 ruas com dragagem, cuja licitação será em março, em investimento perto de R$ 80 milhões. Os recursos são próprios ou de financiamentos do Banco do Brasil e da Caixa.
Além disso, diversos bairros necessitam de investimentos milionários, em projetos ainda não elaborados, estima Gallina. A macrodrenagem de Canasvieiras, por exemplo, teve custo estimado em R$ 55 milhões em 2013 e ainda não foi realizada. Daniela também espera drenagem em projeto estimado em R$ 28 milhões.
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Para solucionar problemas de ruas que alagam no bairro Ingleses, serão necessários pelo menos R$ 90 milhões. Todo o Rio Vermelho necessita de mais em torno de R$ 100 milhões, mesma cifra estimada para o Campeche.
Toda água de chuvas deveria seguir por gravidade, por esgoto pluvial, para rios e para o mar. Se não vai por gravidade, precisa ser bombeada, observa o secretário.
Os problemas enfrentados em Florianópolis são semelhantes em outras cidades do Estado. É preciso investir para que os catarinenses tenham mais segurança para morar e se deslocar.
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