Durante toda esta quarta-feira, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) realizou debates sobre uma série de temas relevantes para mostrar caminhos que indiquem aos empresários como reinventar seus negócios. O Radar Reinvenção abordou governança corporativa, inteligência artificial, internacionalização, cooperação e outros temas. Segundo o presidente da federação, Mario Cezar de Aguiar, esses debates são fundamentais para a indústria, que é o setor mais importante da economia de SC.

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– A indústria de Santa Catarina vai muito bem, sempre esteve muito bem, mas o mundo passa por transformações muito profundas e nós temos que acompanhar essas transformações. Esse é o momento de receber informações de pessoas muito lincadas nessas mudanças e também o compartilhamento, a troca de informações. É fundamental o industrial ter esses eventos para saber quais são as tendências, os novos desafios. Para nós é uma satisfação receber empresários da nossa indústria, que é o setor mais importante de Santa Catarina – afirmou Aguiar.

Na avaliação dele, o Estado depende muito da evolução da indústria porque é o setor que mais emprega, mais recolhe impostos e que tem uma atividade importantíssima em SC. A indústria diversificada e distribuída no Estado permite movimentar todos os outros setores, como os serviços e o comércio, por isso ela tem um papel fundamental, observou ele.

Um dos painelistas do Radar Reinvenção, o economista e diplomata Marcos Troyjo, destacou que o mundo vive, atualmente, um cenário de policrise resultante dos impactos da pandemia e das guerras na inflação.

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Mas ele avalia que nesse ambiente de dificuldades também existem oportunidades. E Santa Catarina está preparada para aproveitá-las em diversos setores da indústria, entre os quais os de alimentos e energias renováveis.

Um painel discutiu a importância da governança corporativa, tendo como palestrantes Décio da Silva, presidente do conselho de administração da WEG; o presidente do conselho da Intelbras, Jorge Freitas; e o diretor da Divisão Automotiva da Schulz, Bruno Salmeron, com mediação da vice-presidente da Olsen, Elisa Olsen.

Eles deixaram clara a necessidade de todas as empresas terem a sua governança, conselhos de administração, separarem a gestão da empresa da gestão dos recursos familiares. Tanto Décio da Silva quanto Bruno Salmeron recomendaram preparar desde cedo os acionistas para liderarem os rumos dos negócios.

O consultor Paulo Herrmann, ex-presidente no Brasil da multinacional de máquinas agrícolas John Deere, afirmou que questões de segurança alimentar, física e digital são grandes desafios e oportunidades.

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Herrmann mostrou preocupação com a concorrência chinesa em diversas áreas. Também alertou para os riscos climáticos, que cresceram e estão gerando mais perdas. Entre as oportunidades no Brasil, ele vê a necessidade de ampliação de armazenagem de grãos porque o país tem um déficit nessa área para 126 milhões de toneladas.

Durante o evento, a Academia Fiesc de Negócios lançou o Radar da Competitividade, uma nova ferramenta para colaborar na gestão das empresas. Vai reunir informações individuais de empresas de SC para que possa ser avaliado o nível de competitividade de cada uma, explicou o empresário Alex Marson, que está à frente do projeto.

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