Como a eleição do governador do Estado e do presidente da República será domingo, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) aproveitou a reuniu da diretoria de sexta-feira para apresentar um plano de como a entidade e os futuros governos poderão trabalhar em conjunto para executar as sugestões incluídas na Carta da Indústria.

Continua depois da publicidade

Receba notícias do DC via Telegram

A série de medidas em Santa Catarina, que visa elevar a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, prevê ações em consenso a serem decidas por novo conselho de desenvolvimento que será presidido pelo futuro governador, com a participação da federação e outras entidades. No âmbito federal, a principal expectativa é de aprovação da reforma tributária.

O propósito, dentro do planejamento estratégico do programa Reinventa-SC, é posicionar Santa Catarina como o Estado mais industrializado do país, dotado com tecnologia de ponta, metas net zero avançadas na área ambiental. O objetivo é tornar a indústria de SC ainda mais reconhecida no Brasil e exterior.

O presidente da Fiesc tem dito que a indústria é o setor que puxa o crescimento dos demais. Um dos objetivos é elevar a participação do setor na geração de riqueza, isto é, no Produto Interno Bruto (PIB).

Continua depois da publicidade

Enquanto, no Brasil, a indústria de transformação teve melhor performance no PIB em meados dos anos de 1970, com 19,1% e agora caiu para 10,5% (2021), em SC é diferente. O Estado teve maior maior participação da indústria no PIB em 2007, quando chegou a 35%. Recuou um pouco e em 2019 ficou em 26,6%.

Atualmente, e a maior participação do Brasil com exceção da Zona Franca de Manaus. Segundo o presidente da Fiesc, em 2030, a meta é alcançar mais de 30% de presença no PIB novamente.

A lista de objetivos inclui elevar a produtividade em 20%, ampliar o faturamento com produtos novos em 30%, ampliar exportações para 10% do PIB, atrair investimentos em infraestrutura e implementar programa de desenvolvimento social educacional para formar profissionais e empreendedores.

O setor público estadual pode colaborar principalmente com a viabilização de investimentos em infraestrutura, melhoria da educação e realização de reformas. Nesse caso, mudanças tributárias podem ser bem-vindas.

Continua depois da publicidade

O estudo da Fiesc, apresentado pelo diretor de Inovação e Competitividade da Fiesc, José Eduardo Fiates, listou os setores mais promissores de cada região. No caso de Florianópolis, incluiu tecnologias industriais avançadas e indústria criativa.

Para o Nordeste do Estado, os destaques serão os setores eletroeletrônico e metalmecânico para mercados estratégicos e tecnologias para a indústria 4.0. Para o Oeste, os focos serão em proteína animal e laticínios de grande escala e padrão de exportação; soluções de produtos e sistemas de serviços para a cadeia o agro como um todo.

Na região central do Estado, as indústrias promissoras são de madeira, derivados e tecnologias da cadeia; plantas industriais de grande porte e sistemas logísticos complexos. Para a região Sul de SC, o plano prevê indústria multisetorial focada na descarbonização e transição energética, além de indústria 4.0 de segunda geração.

Além disso, a Fiesc prevê setores industriais com atuação geral no Estado como o têxtil, confecção e moda; móveis, utensílios e decoração; e construção civil. O Reinventa-SC inclui também dois eixos longitudinais, o da tecnologia, para todo o litoral com foco na qualidade de vida perto do mar para atrair talentos do mundo todo; e o da produção gourmet de alto padrão, na região da Serra, Vale e Sul, com queijos, cervejas, vinhos, produtos orgânicos e outros itens diferenciados.

Continua depois da publicidade

– É uma proposta inicial que mostra a nossa preocupação de não só propor, mas de colaborar sobre como executar esse plano para o desenvolvimento da indústria – comentou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

Segundo Fiates, a partir de agora serão ouvidos cada grupo para avançar nessa contribuição para o desenvolvimento do Estado.