Uma das decisões destacadas logo após a apresentação da economia de SC para empresários chilenos e catarinenses no SC Day, na manhã desta terça-feira, em Santiago, no Chile, é que o governo estadual estará junto com a Federação das Indústrias de SC (Fiesc) nas próximas edições do evento, que visa incentivar exportações. A Fiesc, que tomou a iniciativa de realizar o SC Day, definiu mais quatro países para promover SC em 2025: Colômbia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos.

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– É de fundamental importância a participação do governo. Mostra uma sinergia entre o setor produtivo e o governo do Estado. O interesse comum é Santa Catarina, que tem um potencial enorme de exportação de produtos. Acho que estamos um pouco acanhados nas exportações, dado a qualidade dos produtos que fabricamos – afirmou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, que liderou o evento.

– Com certeza, vamos continuar juntos. Vamos alinhar novas missões para o ano que vem. Esse modelo que a Fiesc faz em parceria com o governo do Estado ajuda quem quer empreender nessa área. Existe um reconhecimento de que quando tem a presença do governo, o comprometimento do governo, fica mais fácil porque dá mais credibilidade. Então, vamos continuar juntos – comentou o governador Jorginho Mello.

Para o secretário de Estado de Articulação Internacional e Negócios Estratégicos, Paulo Bornhausen, o SC Day foi uma aposta da Fiesc com o Estado e, a partir de agora, o governo segue participando, não só com a federação das indústrias, mas também com outros setores econômicos catarinenses.

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– Nós vamos organizar juntos os próximos eventos (SC Day). Acho que essa presença do Estado dá o peso, o equilíbrio necessário ao setor privado para que atraia mais pessoas. A presença do governador são os braços abertos aos empresários que fazem negócios com Santa Catarina. Isso muda a política de relações externas do Estado para melhor até porque essa soma de esforços do setor produtivo com o governo nunca é igual a dois, é sempre igual a três, quatro, cinco ou seis. É uma multiplicação de resultados – observou Paulo Bornhausen.

Potencial de SC comporta mais exportações

O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, enfatiza que a indústria catarinense tem tradição em exportações de produtos de qualidade. Por isso, tem potencial para ampliar mais as vendas ao exterior. O estado tem participação maior de exportações industriais frente à média nacional e deve ampliar isso, na opinião do líder industrial.

– Aliás, o Brasil tem uma participação muito pequena no comércio internacional. Na década de 1980, tínhamos 1,4% a 1,5% do comércio internacional, mas cerca de 60% eram produtos industrializados. Hoje, seguimos com o mesmo percentual, mas o agravante é que avançamos principalmente em commodities. Como o setor de commodities não fabrica, normalmente não gera tantos empregos. Acho que o Brasil está equivocado nessa questão. Deveria priorizar a exportação de produtos manufaturados, que agregam mais valor, empregos e impostos – observou Mario Cezar de Aguiar.

Autoridades na foto desta página:

O evento SC Day contou com uma apresentação da economia de Santa Catarina a empresários chilenos e catarinenses na manhã desta terça-feira. Entre as autoridades presentes, estavam as que participaram dessa foto especial do evento: a partir da esquerda, Renato Lacerda, presidente da SCPAR Invest SC; Silvio Dreveck, secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços; Beto Martins, senador de SC;  Mario Cezar de Aguiar, presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc); governador de SC Jorginho Mello, embaixador do Brasil no Chile Paulo Roberto Pacheco; Mario Motta, deputado estadual de SC; Paulo Bornhausen, secretário de Articulação Internacional e Projetos Especiais de SC; e Marcos Troyjo, diplomata, economista e palestrante (Foto: Estela Benetti)

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