Inserir um maior número de indústrias catarinenses no mercado internacional é uma das prioridades da gestão do empresário Mario Cezar de Aguiar, que assumiu a presidência da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) em agosto deste ano.

Continua depois da publicidade

Bustamante: tributação e competitividade

Nesta sexta-feira, na reunião da diretoria da entidade, será apresentado o programa para atingir esse objetivo. Sob a liderança da presidente da Câmara de Desenvolvimento do Comércio Exterior da federação, Maria Teresa Bustamante, também chefe de gabinete da entidade, o novo programa vai dar suporte para 570 indústrias conseguirem internacionalizar seus negócios.

 

De que forma está sendo feito o novo programa de internacionalização de empresas?

Continua depois da publicidade

Maria Teresa Bustamante: Em fases. A primeira foi de diagnóstico. Eu sempre achei que havia muitos programas espalhados oferecidos pelo governo federal, estadual e por agências com o objetivo de dar suporte a exportações, à internacionalização. Identificamos 60 iniciativas, algumas similares, oferecidas por 37 entidades. Os principais destaques são da Apex-Brasil, Fiesc, CNI, Sebrae e MDIC. Identificamos iniciativas de capacitação, inteligência comercial, prestação de serviços e emissões de certificados. Vimos que não há carências para programas que incentivam a internacionalização e 99% são gratuitos.

 

Como foi o projeto piloto?

Bustamante: Chamamos empresas para um trabalho e fizemos um questionário sobre o que fazem com o exterior para saber a maturidade da internacionalização delas. Escolhemos 20 de Jaraguá do Sul que já têm ações de comércio exterior. Para 17 delas, perguntamos se conheciam Drawback, uma vantagem expressiva para exportadores e apenas quatro conheciam.

Como será a implementação do novo programa?

Bustamante: Estamos desenvolvendo o questionário para termos o diagnóstico de maturidade e, depois, vamos oferecer cursos e informações para preparar essas empresas visando a internacionalização. Vamos ouvir os empresários, ouvir quem decide, saber o que precisam e propor engajamentos.

E a escolha das empresas como será?

Bustamante: Nosso público alvo no Estado são cerca de 50 mil indústrias, das quais 44 mil são microempresas. Podemos fazer filtros por setor, por município. Vamos identificar essas empresas no Estado, fazer uma avaliação para ver quem vai participar. Vamos definir o público-alvo com inteligência competitiva. Faremos um trabalho direto por meio de diálogo. Vamos fazer eventos em todas as 16 vice-presidências. Serão 26 eventos regionais e vamos atingir cerca de 570 empresas. Nosso foco será maior nas micro e pequenas empresas, mas não vamos deixar de atender as demais empresas. E empresas interessadas poderão participar, mesmo que não tenham sido convidadas.

Continua depois da publicidade

De que forma será encerrada essa etapa?

Bustamante: Planejamos para o segundo semestre de 2019 um diálogo empresarial transfronteiriço. Vamos fazer um evento internacional reunindo a tríplice fronteira no Oeste do Estado. Já temos um histórico que nos beneficia. Toda vez que fiz palestra em Dionísio Cerqueira a plateia teve mais de 400 participantes. E a segunda ação será lançar uma plataforma de internacionalização da indústria. Vamos disponibilizar ao setor empresarial para que, de forma online, ele possa interagir, fazer contato com outras empresas e fazer negócios. 

 

Leia também:

Mulheres na Política: homenagens são prestadas à advogada e ex-juíza